Adaptação de Hamlet com atores embriagados encanta a plateia na Vila Leopoldina
Essa é a proposta única do espetáculo Shakespeare Embriagado, que transforma o teatro em uma festa no bar para celebrar a obra do dramaturgo inglês de uma forma inédita.
No Espaço Manivela, na Vila Leopoldina, durante o mês de agosto, sempre às quintas-feiras, você encontrará muito improviso, risadas e bebidas! O local abre às 18h e o espetáculo começa às 20h30, com cerca de uma hora de duração. Durante a apresentação, coquetéis e aperitivos estarão disponíveis para consumo da plateia.
A trama:
O diretor Dagoberto Feliz faz uma adaptação divertida de Hamlet, onde o príncipe dinamarquês busca vingar a morte do pai. O espetáculo mistura o texto original com a liberdade do improviso dos atores, que constroem novas possibilidades junto com a plateia. “A função do elenco é contar a história completa. O tempo e o álcool podem alterar a forma de contá-la, mas não seu conteúdo”, explica Feliz.
No elenco:
Lívia Camargo, Robert Gomez, Bruna Assis, Michel Waisman e Guilherme Tomé. A equipe também inclui a dramaturgista Karol Garrett, o diretor assistente Guilherme Tomé e o diretor musical Fernando Zuben, com produção da Benjamin Produções.
Para o diretor, o encanto da montagem é “fazer Shakespeare o mais ‘esteticamente popular’ possível”. “E nada melhor do que um ambiente de um bar, onde as pessoas estejam à vontade para participar e mostrar seu entusiasmo, ou desaprovação, para o que acontece na cena”, diz Feliz.
A experiência:
Em cada apresentação, os atores bebem um pouco, mas um dos atores bebe um pouco a mais, seja whisky ou tequila, acompanhado na primeira dose por um espectador para provar a veracidade da bebida. “Uma festa! Hilaridade e muita confusão acontecem quando os atores – alguns sóbrios e outros não – tentam manter o roteiro no trilho”, diz o produtor Henrique Benjamin.
Com o álcool, as tragédias de Shakespeare se tornam comédias, brinca Benjamin. A plateia tem poder de decisão em várias cenas, obrigando os atores a improvisarem e manterem o foco.
Interatividade:
Cada show é único, e cada apresentação precisa de um “patrono”, que terá uma experiência premium, um trono real com coquetel da casa e tomada de decisões importantes para o desenvolvimento da trama. A plateia também pode ser escolhida como parte da “trupe de atores” ou como o “fantasma do rei”.
“Quem conhece, em pormenores, a tragédia toda poderá se divertir na comparação com o original e, para quem não conhece totalmente, a diversão estará na feitura e na descoberta dos quiprocós rocambolescos da família do Príncipe Hamlet”, aposta o diretor.