Todos os humanos possuem diversas necessidades em suas vidas, dentre estas, existe também a do lazer, que além de uma necessidade é um direito – todos os cidadãos brasileiros são assegurados na Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo 6º, que estabelece o Estado, uma ordem que proporcione a todos a satisfação deste direito.
Cada indivíduo busca a satisfação e o prazer em âmbitos diferentes, de acordo com valores, crenças e interesses.
Muitos buscam esta satisfação e prazer em viagens e sabemos que durante a pandemia do novo coronavírus, diversas viagens foram canceladas, não apenas viagens a lazer.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, diversos estudos apontaram um segundo semestre positivo para o setor do turismo. Em abril de 2020, o diretor geral da CVC, Emerson Belan afirmou que uma maior demanda por orçamentos de viagens acontecerá a partir do feriado de outubro até fevereiro de 2021. Diante desses estudos, muitos viajantes encararam com otimismo e remarcaram suas viagens para o segundo semestre, apostando em uma recuperação do setor.
No decorrer dos meses, notamos que nem todas as viagens serão possíveis de ocorrer durante o segundo semestre, como é o caso de diversas viagens internacionais devido ao fechamento das fronteiras. Outro fator predominante, a exigência de uma quarentena para turistas brasileiros em alguns países, além do aumento de taxas cambiais. São diversos fatores que promoverão a instabilidade de viagens internacionais neste segundo semestre do ano de 2020.
Estudos mais recentes continuam apostando em um segundo semestre positivo, porém voltado a viagens nacionais. É uma ótima junção de oportunidades combinada com um momento propício para o brasileiro conhecer mais o seu país e sua pluralidade cultural.
Dentro das viagens nacionais estão presentes as viagens estaduais e municipais que também apresentam grande força. As viagens municipais geralmente são mais curtas e podem ser realizadas de carro, o que gera um menor custo e a torna mais atrativa.
Sabendo que junto à pandemia enfrentamos uma grave crise financeira, onde muitos cidadãos perderam seus empregos ou tiveram uma redução salarial, para este grupo de pessoas, as viagens mais curtas e nacionais acabam sendo mais atrativas.
Diante de todos os fatores acima apresentados, a tendência é que o Brasil receba menos turistas estrangeiros, afinal o país ainda está enfrentando sérias dificuldades com a pandemia, e é um dos países com o maior número de mortes. Por estes motivos, não será o destino mais procurado quando se pensar em viajar. Diante disso, o trade turístico acredita que sua recuperação poderá levar até dois anos.
O turismo passa e continuará passando por mudanças drásticas necessárias para a segurança e saúde dos viajantes. O mercado turístico, que já vinha se reinventando, foi obrigado a acelerar este processo com a pandemia, junto com isso, foram trazidas, mudanças positivas aos turistas.
Numa entrevista, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, falou sobre os tipos de mudanças que via acontecendo no setor.
“Já se fala de aeroportos entregando as bagagens das pessoas diretamente nos hotéis. Novas startups vão se dedicar ao turismo, terão mais apoio financeiro para mudar práticas. Vai ser necessário reduzir as filas na imigração.
Acredito que, em alguns anos, teremos um setor muito melhor. É o que todo mundo quer fazer depois da pandemia: viajar. Isso é, depois de ir cortar o cabelo, a Pandemia vai incentivar a inovação no setor de turismo’, disse Zurab Pololikashvili – Jornal Estado de Minas | Notícias Online – 2020.
A tendência é que todas estas mudanças sejam positivas e que a tecnologia seja favorável aos viajantes e continue trazendo mais praticidade ao dia a dia de todos.
Escrito por: Sara Fernandes