O Coral Jovem do Estado, grupo ligado à EMESP Tom Jobim, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, gerida pela organização social Santa Marcelina Cultura, faz concerto com destaque para obras de compositoras nos dias 16, 17 e 18 de setembro, às 20h, no Theatro São Pedro. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia).
Sob regência de Tiago Pinheiro e preparação vocal de Marília Vargas, o grupo apresenta o programa Mater Musica que apresenta obras do repertório erudito e popular que buscam as ancestralidades do feminino na música. O concerto reúne repertório com obras de diferentes períodos que abarca desde o século XI até o século XXI.
A apresentação abre com uma composição de Hildegard von Bingen (1098-1179) que foi uma das figuras mais fascinantes de sua época. Nascida na Renânia, Alemanha, além de compositora foi dramaturga, escritora, monja, teóloga, pintora, cientista, botânica.
O programa contempla também uma peça de Fanny Mendelssohn (1805-1847) que foi uma pianista e compositora alemã e que tem mais de 400 composições. Entre elas predominam cânticos no estilo lied, o que era muito popular na época. Muitas dessas peças de Fanny Mendelssohn não foram publicadas durante sua vida, mas as que foram precisaram ser associadas ao seu irmão Felix Mendelssohn como autor.
A pioneira Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935) também está presente no programa com a peça Corta Jaca. Pianista, compositora e regente é autora de peças para piano solo, canções e operetas. Outra pioneira, Lili Boulanger (1893-1918) foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio de Roma de composição. Da compositora francesa, o Coral Jovem do Estado interpreta La Source. O programa contempla composições ainda de Joyce Moreno, Juliana Ripke, Marília Vargas, entre outras. As apresentações contam com a participação de Bia Nascimento, no violão, e Ingrid Cavalcanti, no contrabaixo.
Transmissões Ao Vivo
Para quem mora fora de São Paulo, o concerto do dia 17 de setembro, sexta, também será transmitido pelo canal de YouTube (https://www.youtube.com/user/TJEMESP).
Serviço:
Coral Jovem Do Estado
Mater Musica
Tiago Pinheiro, regência
Marília Vargas, preparação vocal e regência
Sin Ae Lee, piano e preparação
Bia Nascimento, violão
Ingrid Cavalcanti, contrabaixo
Programa
- Hildegard Von Bingen
Caritas abundat - Fanny Mendelssohn
Lockung - Lili Boulanger
La source
- Chiquinha Gonzaga
Corta Jaca [arr. Damiano Cozzella] - Juliana Ripke / Marília Vargas
Athena - Joyce Moreno
Mistérios [arr. Juliana Ripke] - Lulu / Lucina
Denguinho de manhã [arr. Amanda Temponi] - Nina Oliveira
Dandara [arr. Juliana Ripke]
Datas: 16, 17 e 18 de setembro, quinta, sexta e sábado às 20h
Local: Theatro São Pedro
Endereço: Rua Barra Funda, 171 – Barra Funda, São Paulo/SP
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Compra de Ingressos: theatrosaopedro.byinti.com
Tiago Pinheiro, Regência
Graduado clarinetista, especializou-se em canto na Berklee College of Music. Dirigiu o grupo Beijo do Coralusp que, nas décadas de 80 e 90, investiu na pesquisa de interação cênica-musical em seus espetáculos e realizou parcerias com artistas como Marlui Miranda e Gilberto Gil, além de registros fonográficos e turnês nacionais e internacionais. Foi solista em diversas obras sinfônicas, entre as quais: Carmina Burana de C. Orff e Paixão segundo São João de J.S.Bach. Integrou o coro da OSESP entre 2000 e 2001. Foi regente titular do Coral Paulistano do Teatro Municipal de São Paulo. É regente titular do Coral Jovem do Estado desde fevereiro de 2015, quando iniciou uma reformulação artística no grupo.
Marília Vargas, preparação vocal
Uma das mais ativas sopranos brasileiras de sua geração, formou-se na Schola Cantorum Basiliensis (Suíça) e obteve o Konzert Diplom na classe de Christoph Prégardien, no Conservatório de Zurique (Suíça). Tem sido professora convidada de importantes festivais de música e universidades do Brasil e do mundo. Seus dois álbuns solo “Todo amor desta terra” e “Tempo breve que passaste: Modinhas Brasileiras” estão esgotados. Marília Vargas é também professora de Canto Barroco da EMESP Tom Jobim, preparadora vocal do Coral Jovem do Estado e professora da Oficina de Música Barroca da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Coral Jovem do Estado
O repertório eclético e o dinamismo das apresentações do Coral Jovem do Estado refletem uma proposta artístico-pedagógica que vai além do canto. O grupo artístico da EMESP Tom Jobim trabalha não apenas a voz humana, mas também expressão corporal e sensibilidade musical. O Coral Jovem mantém um importante tripé artístico: além do repertório lírico, o grupo explora a música antiga e popular. Tiago Pinheiro é regente titular do Coral Jovem do Estado desde fevereiro de 2015, em parceria com Marília Vargas na preparação vocal. O Coral é um dos grupos de difusão e formação musical da EMESP Tom Jobim, escola do Governo de São Paulo gerida pela Santa Marcelina Cultura.
Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP Tom Jobim
Referência no ensino brasileiro de música, a EMESP Tom Jobim é uma escola do Governo do Estado de São Paulo gerida pela Santa Marcelina Cultura, Organização Social parceira da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Atende gratuitamente 1.300 alunas e alunos em seus cursos e habilitações em música popular e erudita, da teoria à prática musical. Em 2019, a EMESP Tom Jobim comemorou 30 anos de atuação. A Escola tem como objetivo a formação dos futuros profissionais da música erudita e popular. Com um corpo docente altamente qualificado, a EMESP Tom Jobim vem construindo um projeto pedagógico inovador, com foco no ensino de instrumento, no convívio dos alunos com grandes mestres e nas práticas coletivas (música de câmara e prática de conjunto), além de disciplinas teóricas de apoio. Em constante diálogo com as principais instituições de formação musical do Brasil e do mundo, a EMESP Tom Jobim oferece a cada ano centenas de shows, concertos, workshops e master classes. A EMESP Tom Jobim mantém um eixo de difusão artística complementar às atividades de formação com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de seus alunos e criar uma ponte entre o aprendizado e a profissionalização, além de fomentar a formação de público e a difusão da música em todas as modalidades. A Escola mantém os grupos artísticos: Banda Sinfônica Jovem do Estado, Coral Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Estado e Orquestra Jovem Tom Jobim que oferecem bolsas para as alunas e os alunos da Escola.
Theatro São Pedro
Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país. Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando sua própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.
Santa Marcelina Cultura
Eleita a melhor ONG de Cultura de 2019, além de ter entrado na lista das 100 Melhores ONGs do ano, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Criada em 2008, é responsável pela gestão do Guri na Capital e região Metropolitana de São Paulo e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro. Para acompanhar a programação artístico-pedagógica do Guri Capital e Grande São Paulo, da EMESP Tom Jobim e do Theatro São Pedro, baixe o aplicativo da Santa Marcelina Cultura. A plataforma está disponível para download gratuito nos sistemas operacionais Android, na Play Store, e iOS, na App Store. Para baixar o app, basta acessar a loja e digitar na busca “Santa Marcelina Cultura”.