O museu está instalado na residência do poeta, tradutor, crítico de cinema, cronista, jornalista e advogado paulista Guilherme de Andrade de Almeida, onde residiu de 1946 até o ano de sua morte, em 1969. Na Casa Guilherme de Almeida, inaugurada como museu dez anos depois do falecimento do artista, é possível encontrar gravuras, desenhos, esculturas e pinturas dos principais artistas modernistas. Além disso, funciona como espaço expositivo e como centro de atividades culturais e educativas, sendo também um marco para a vida cultural da cidade de São Paulo.
A Casa Guilherme de Almeida é um museu biográfico e literário do artista que foi um dos mentores da Semana de Arte Moderna de 1922 e percursor das coisas mais modernas de sua época. Chegou a ser ponto de encontro de intelectuais da época, onde aconteciam reuniões com Tarsila do Amaral, Anita Mafaltti, Di Cavalcanti, entre outros. Toda a coleção do poeta está na casa, assim como objetos que lhe pertenceram e um grande acervo de artes com cerca de 230 obras dos mais renomados artistas da época.
Guilherme de Almeida participou do grupo de poetas criadores da Semana de Arte Moderna, foi membro ativo da Revolução Constitucionalista de 1932 e lutou no batalhão da Liga da Defesa Paulista, tendo posteriormente escrito o hino dos bandeirantes e o poema gravado no Mausoléu do Ibirapuera. Também fundou o Teatro Brasileiro de Comédia e chegou a ser eleito pelo jornal carioca Correio da Manhã como “Príncipe dos Poetas”. Tinha um grande apreço por desenhar brasões, tendo criado a primeira versão do brasão da cidade de São Paulo, juntamente com o pintor José Wasth Rodrigues.
A residência também é conhecida como “Casa da Colina”, apelidada pelo artista por ficar no alto da colina do Pacaembu, bairro tombado pelo CONDEPHAAT, cuja área verde é preservada. O tombamento do bairro abrange o atual traçado urbano, a vegetação arbórea, o padrão de ocupação do lote e o belvedere público localizado na Rua Inocêncio Unhate.
O museu está organizado em três andares, sendo o primeiro andar a área comum da casa, o segundo onde estão instalados os dormitórios e biblioteca (antiga biblioteca do escritor que estava localizada na Rua Barão de Itapetininga) e o terceiro andar, onde encontra-se obras de artistas relevantes do período modernista brasileiro. O espaço também possui um sótão conhecido como “Mansarda”, título de um famoso poema de Guilherme de Almeida, e que era uma espécie de refúgio do poeta, onde costumava escrever suas obras literárias.
Em paralelo as funções museológicas da residência, o espaço possui um Centro de Estudos de Tradução Literária e oferece cursos e palestras que dialogam com as obras de Guilherme de Almeida.
Para ter acesso à visita, você terá de agendar online um dia e horário. Agendamento de visita para grupos através do telefone 55 11 3672-1391 ou 3868-4128
Como medida de segurança e proteção contra a COVID-19, a Casa Guilherme de Almeida receberá até 4 visitantes por hora e cada visita deverá durar cerca de 45 minutos, sendo reservado um intervalo de 15 minutos entre uma visita e outra para preparo e higienização do ambiente.