Com atividades que destacam a África, seus países e sua diversidade cultural, em setembro, o Sesc Santo Amaro oferece, on-line e gratuitamente, o curso de dança com Flávia Mazal e uma série de encontros com convidados de cinco nacionalidades diferentes do continente em destaque e falantes de língua portuguesa.
Por meio de ritmos musicais e uma releitura dos movimentos do balé da Guiné-Conacri, a professora e dançarina Flávia Mazal guia os passos no curso ‘Danças Africanas’, de 11/09 a 13/11, às 15h. Com 15 anos de experiência em lecionar aulas de dança afro-brasileira e africana da Guiné-Conacri, Flávia conduz os participantes a experimentar as expressões corporais e rítmicas destas raízes.
A oficina começa com a preparação corporal fundamentada dentro dos princípios de Pilates Solo e Reeducação do Movimento, que visam a melhoria da saúde física e cognitiva do participante. A dinâmica leva em consideração o grau de conhecimento, a idade e o tipo físico de cada aluno, que podem variar de indivíduo para indivíduo. As aulas são acompanhadas por música ao vivo, que seguem a linha tradicional em que o som dos tambores é integrado aos corpos em movimento sincrônico, formando uma harmônica coreografia.
Sobre A Professora
Flávia Mazal é graduada em Ciência Sociais pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo – PUC SP (2004) e fundadora, coreógrafa e dançarina da Trupe Benkady (2010) que pesquisa os ritmos, a dança e alguns costumes da cultura Mandingue, presente na região oeste da África. Iniciou seu aprendizado com o mestre Daniel Koteban e, em 2013, participou do ‘Estágio Intensivo de Dança Africana’ com o mestre Youssouff Konbassatua, na Guiné-Conacri, em projeto contemplado no edital de Intercâmbio Cultural do Ministério da Cultura. Participou de imersões de dança e ritmos africanos com Djanko Câmara, bailarino do Ballet Djoliba, e com vários outros mestres na modalidade.
Já de 14/09 a 19/10, às 19h, Vensam Iala e Rita Teles mediam o ‘África não é um país!’, atividade que compõe a ação em rede ‘Do 13 ao 20’, projeto que faz alusão ao 13 de maio e ao 20 de novembro e engloba ações que objetivam o fortalecimento e o reconhecimento da cultura negra, bem como o fomento à convivência e o respeito pelas diferenças, com o intuito de refletir sobre a construção das identidades e valorizar a pluralidade de manifestações e expressões culturais.
A cada dia, uma dupla de convidados de países de PALOPs (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) difundem os conteúdos culturais e educacionais, promovendo um espaço alternativo de aprendizagem e troca de vivências artístico-culturais não só da realidade da África colonizada por portugueses.
O projeto fomenta a reflexão das narrativas que se multiplicam nos espaços educacionais e socioculturais sobre o continente e suas populações, que trazem à tona o mosaico de culturas, hábitos, experiências sociais, religiosas, políticas e econômicas ao longo de seus cinquenta e cinco países, habitados não somente por negros, mas também por pessoas de outras raças.
Programação
- 14/09 – Primeiro encontro: Angola
Mwana Ngola é escritora, poeta, ativista e coordenadora cultural.
Ermi Panzo é escritor, poeta declamador, palestrante, ativista, coreógrafo e bailarino performer. - 21/09 – Segundo encontro: Cabo Verde
Djamila Fernandes é graduanda em Obstetrícia pela USP (Universidade de São Paulo).
Janice Sança é professora de educação básica, pesquisadora de políticas educacionais e formadora de professores em países africanos de língua oficial portuguesa. - 28/09 – Terceiro encontro: Guiné-Bissau
Eliseu Banori é escritor, poeta e mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa.
Bange Yhodhy é desenhista, criadora e oficineira de turbantes e tranças africanas. - 05/10 – Quarto encontro: Moçambique
Sheilla Maida é engenheira civil e mestranda em Recursos Hídricos pela UFL.
Marcial Macome é escritor, ator e ativista cultural social. - 19/10 – Quinto encontro: São Tomé e Príncipe
Elvira F. M. da Mata é graduada em Humanidades e Relações Internacionais, pesquisadora sobre a inclusão de mulheres na diplomacia nos PALOP’S (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).
Heyma L. N. Barbosa é bacharel em Humanidades e graduada em Comunicação e Turismo.
Mediação
Vensam Iala é natural da Guiné-Bissau, professor licenciado em Letras pela UNESP (Universidade Estadual Paulista) com especialização em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Também é ator e modelo eleito o primeiro Mister África Brasil, em 2018. Foi escolhido entre dez finalistas do Man of the World 2019, nas Filipinas, representando a Guiné-Bissau. É ativista social e dedica o seu trabalho às literaturas e causas sobre migração e refúgio, onde busca ampliar a escuta de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Rita Teles é atriz e idealizadora do Núcleo Coletivo das Artes Produções, que tem a proposta de disseminar arte e cultura por meio da arte-educação.
Serviço
Ação online
Curso: Danças Africanas, Com Flávia Mazal (Trupe Benkady)
Quando: de 11/09 a 13/11, sábados
Horário: 15h às 16h30
Classificação: Atividade recomendada para maiores de 16 anos
Inscrições: A partir do dia 07/09, às 14h, em inscricoes.sescsp.org.br
Onde: Plataforma Zoom
Ciclo De Encontros: África Não É Um País!
Quando: de 14/09 a 19/10, terças-feiras
Horário: 19h
Classificação: Atividade recomendada para maiores de 14 anos
Onde: youtube.com/sescsantoamaro