Sesc 24 de Maio recebe os espetáculos Goldfish, Bando: dança que ninguém quer ver e Corpos de passagem no mês de fevereiro

O Sesc 24 de Maio recebe no mês de fevereiro os espetáculos de dança Goldfish, apresentação solo do artista potiguar Alexandre Américo, Bando: dança que ninguém quer ver com a companhia Gira Dança, também do Rio Grande do Norte e Corpos de Passagem com o Grupo Grua, que faz parte da programação do projeto Refestália, que acontece em diversas unidades do Sesc SP.

A peça Goldfish, estreia no dia 10/02, quinta, às 20h, mas também conta com outra sessão no dia 11/02, sexta, às 20h no teatro da unidade. Já a apresentação Bando: dança que ninguém quer ver, acontece nos dias 12/02, sábado, às 19h e 13/02, domingo, às 17h no Espaço de Tecnologias e Artes, no quarto andar do Sesc 24 de Maio. As vendas dos ingressos se iniciam no dia 08/02, terça, às 14h pela web e no dia seguinte, a partir das 17h, presencialmente nas bilheterias da rede Sesc. A peça Corpos de Passagem, acontece dia 19/02, sábado às 19h no Jardim da Piscina, localizado no 11º andar do prédio. A programação, que faz parte do Festival Refestália, é gratuita, mas com retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência.

 

GOLDFISH

A apresentação solo de Alexandre Américo assume a solitude como aspecto norteador. Ao tematizar o esvaziamento das atitudes empáticas para com aqueles que nos parecem distantes e repensar o que faz a humanidade ganhar seus próprios contornos, iremos desconfigurar a casa, habitat natural de Américo, e apresentar o lar enquanto estado subjetivo. Assim, pretende-se levar o público a um mergulho em uma camada da existência onde não esteja lúcida a relação espaço-temporal daquele que poderia ser um peixe dourado; o possível merecedor de nossa empatia.

Instigado a pensar os períodos pré e atual da pandemia, levando em conta a transição da obra e o corpo e seus graus de liberdade, Américo disse “encontrar um jeito outro de estar vivo, de aprender fazendo o próprio contexto”. Para ele, criar esta versão foi como fazer um mergulho profundo, nadar contra uma correnteza que tampouco tem direção certa. “Ser o Goldfish, neste momento, é afirmar uma estória preta, periférica, pobre, LGBTQIA+, epilética, nordestina e brasileira de uma carne que se faz fora da curva”.

Alexandre Américo é artista e pesquisador da dança com Licenciatura em Dança e Mestrado pelo PPGARC, ambas pela UFRN. Hoje é atuante na área da investigação em Arte Contemporânea com enfoque em estruturas performativas e seus desdobramentos dramatúrgicos. Ex-aluno especial de Doutorado em Estudos da Mídia, UFRN e diretor artístico da cia. Gira Dança (Natal-RN).

GOLDFISH

Datas: 10 e 11 de fevereiro. Quinta e sexta, das 20h às 21h.

Local: Teatro (1º subsolo) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Bando: dança que ninguém quer ver

A companhia Gira Dança, do Rio Grande do Norte é formada também por bailarinos com deficiências físicas. Neste espetáculo, o grupo discute em cena questões que fazem com que bailarinos e coreógrafos existam enquanto sujeitos que dançam na contemporaneidade.

Gira Dança é uma companhia de dança contemporânea formada por bailarinos com e sem deficiência que tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências. A companhia, sediada em Natal/RN em 2005, foi fundada pelos bailarinos Anderson Leão e Roberto Morais e teve sua estreia nacional na Mostra Arte, Diversidade e Inclusão Sociocultural, realizada no Rio de Janeiro, em maio de 2005. Desde então, tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos, limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea. Com mais de uma década de trabalho acumula diversos prêmios nos seus mais de 13 espetáculos de repertório, onde já apresentou por mais de 15 estados brasileiros e cinco países.

Bando: dança que ninguém quer ver

Datas: 12 e 13 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h e domingo das 17h às 18h.

Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Corpos de passagem

Como o próprio nome já anuncia, “passagem”: ato ou efeito de passar, comunicação, local ou sítio por onde se passa ou transita. Os verbos “passar”, “comunicar” e os substantivos “lugar” e “corpo” são centrais nessa performance, que parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico do Grua se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual. São vinte anos marcados pela proposição e construção de outras espacialidades e pela valorização das relações interpessoais, uma trajetória profissional inaugurada e assinalada pela busca daquilo que se pode comunicar e modificar, em nós e no mundo. Seguindo um procedimento adotado para Corpos de passagem, desde a sua estreia, que é o de agregar outros artistas, para essa apresentação convidamos as artistas e performers, Taty Dell Campobello e Luisa Brunah, exercitando com elas a diversidade dos diálogos artísticos e a composição cênica em tempo real.

Os bailarinos Jorge Garcia, Osmar Zampieri e Willy Helm, ao questionarem a institucionalização de seus corpos, encontraram nas ruas uma forma de fazer dança fora do ambiente conhecido. A improvisação foi a forma adotada para tensionar o pré-estabelecido, algo que não fazia parte da rotina profissional destes bailarinos, inicialmente treinados nas técnicas de dança clássicas e modernas. Instigados pela ideia, os integrantes escolheram a Avenida Paulista, centro nervoso da cidade de São Paulo, para suas primeiras intervenções. Estes parceiros, juntamente com outros artistas convidados, vestem-se dos símbolos do poder financeiro (terno preto, camisa branca, gravata e sapato social), explorando suas ações a partir da identificação direta com os passantes dessa avenida. Não há uma receita prévia para o diálogo que se estabelece, pois, ele se faz por meio das trocas sensíveis, no instante dos acontecimentos.

O Grua assume que não mais é possível atuar nos espaços públicos sem considerar sua instância sociopolítica. Para tanto, parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual.

 

Corpos de passagem

Datas: 19 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h.

Local: Jardim da piscina (11º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Livre

Ingressos: Gratuito – Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
350 metros do metrô República
Fone: (11) 3350-6300

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