O espaço que funciona de terça a domingo oferece ingressos gratuitos às quintas-feiras; as reservas devem ser feitas previamente pela internet
São Paulo, agosto de 2022 – Exposições, palestras, performance artística e debates fazem parte da programação de agosto do Museu das Culturas Indígenas (MCI), na capital paulista. O espaço funciona de terça a domingo, das 09h às 18h, com entrada gratuita sempre às quintas-feiras, que também tem horário estendido até as 20h.
Instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o MCI é gerido pela Organização Social de Cultura ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá. O MCI tem como objetivo promover o diálogo intercultural, permitindo que diversos povos originários compartilhem mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias comuns à cosmovisão indígena. A seguir confira a programação do mês:
Palestras e debates
Ministrada pelo cacique e professor Ubiratã Gomes, a palestra “Povos Indígenas e Educação Intercultural: Propostas Pedagógicas para a Quebra de Estereótipos” será realizada em 20/08, a partir das 10h. O objetivo é desfazer equívocos relacionados as culturas indígenas brasileiras, bem como informar quem são e como vivem algumas dessas comunidades no país – abordando, principalmente, os povos inseridos no estado de São Paulo e na capital paulista.
Durante a palestra o público será convidado a interagir por meio de perguntas e respostas sobre a temática indígena. O evento é especialmente voltado para profissionais da educação.
No dia seguinte, 21/08, Luiz Karaí, aborda a história da resistência do povo Guarani, cujo espírito de luta se depara com as dificuldades relativas à apropriação da língua portuguesa em diferentes contextos, inclusive na cidade de São Paulo. A atividade intitulada “A Resistência do Povo Guarani: História, Língua e Cultura” também contará com uma performance de dança das kunhataingue, mulheres das etnias Kaiowá e Guarani. Começa às 15h.
As vagas para as atividades, todas gratuitas, são limitadas e devem ser reservadas pelo e-mail contato@museudasculturasindigenas.org.br.
Exposições
A exposição temporária coletiva “Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena”, espalha diferentes linguagens artísticas por todo o espaço do MCI. Com olhares descolonizais sobre os perímetros urbano, periférico e comunidades, artistas indígenas desconstroem narrativas equivocadas sobre as culturas dos povos originários.
Na mostra “Ygapó: Terra Firme”, o artista e curador Denilson Baniwa convida o público para uma imersão na floresta Amazônica por meio de experiências sensoriais. A exposição conta com produções contemporâneas, tradicionais, sonoras e visuais de músicos indígenas. Ygapó é uma metáfora da resistência indígena, que mesmo em constante ameaça externa, mantém a coletividade e o compartilhamento de saberes, por meio da dança, do canto e do fazer com as mãos.
Por fim, em “Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ A Terra Vai Acabar” o artista Xadalu Tupã Jekupé traz, com sua estética na arte urbana contemporânea, a demarcação dos deslocamentos territoriais com múltiplas linguagens e o território identitário indígena ameaçado pela sociedade ocidental. Sua obra denuncia como que os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo cimento da cidade, que devora terras e vidas. A emergência e a necessidade de visibilidade da diáspora Guarani é uma denúncia da população indígena, expulsa pela expansão da especulação imobiliária e invisibilizada no contexto urbano.
Os ingressos para as exposições devem ser reservados previamente pelo site.
Performance artística
Edivan Fulni-ô, cantor, compositor, ator, fotógrafo, performer e ativista indígena da etnia Fulni-ô de Pernambuco, apresentará em 13/08 o trabalho que vem desenvolvendo no campo da moda e das artes do corpo. A performance está marcada para as 15h, dentro da exposição “Ygapó – Terra Firme”.
Seja na fotografia, por meio de performances ou qualquer outra linguagem artística, Edivan busca dialogar com a cosmopolítica dos povos originários, promovendo a quebra dos estereótipos criados sobre a figura do indígena. Na música, seu mais recente trabalho é o EP “Segura Minha Mão”, fruto de campanha de financiamento colaborativo e realizado de maneira coletiva e independente na Casa Amarela de Cultura Coletiva.
Os ingressos para conferir o evento podem ser agendados no site.
SERVIÇO
Museu das Culturas Indígenas
Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)
Ingressos: R$15,00 (inteiro) e R$7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras
Agendamentos: https://bileto.sympla.com.br/event/74784/d/149212.
Local: Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP)
Informações: (11) 3873-1541
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br
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