Anna Kontezky apresenta a performance Über Die Wut (“Sobre a Raiva”) no SESC Belenzinho

VeículoSUR chega ao fim de sua 2ª edição itinerante no SESC Belenzinho com apresentação da dança-performance Über Die Wut (“Sobre a Raiva”, em português), nos dias 10 e 11/12, às 19 e às 16h respectivamente.

Über Die Wut é uma performance assinada por Anna Konjetzky, premiada coreógrafa e pesquisadora alemã. O espetáculo examina a potencialidade da raiva – especialmente a raiva feminina – com imagens, música e textos. A dançarina, Sahra Huby, é apresentada como uma mulher irada, evocando todas aquelas que assim foram nomeadas, do passado e do presente – de Clitemnestra a Joana D’Arc, passando por Rosa Parks e Audre Lorde. “É importante sentir raiva. A performance de Anna Konjektzky mostra com muita potência o tipo de força que a raiva libera. Destrói a imagem da mulher histérica e irritada e, em seu lugar, constrói uma mulher forte, obstinada e raivosa. Mostra que a raiva não é masculina. Até hoje, a raiva não é uma emoção associada às mulheres. Isso tem que mudar. A raiva feminina é necessária para fazer a diferença; e precisamos muito dela”, escreve Greta Haberer (tanznetz).

A veiculoSUR é uma plataforma internacional itinerante impulsionadora de redes artísticas, um espaço de diálogo e fermentação de ideias, conectada às mudanças do tempo de agora. Seu trabalho consiste na construção de parcerias e redes de colaboração com instituições ao redor do mundo para gestão, produção e internacionalização de projetos artísticos. Além disso, promove o intercâmbio e o encontro entre criadores de 6 países diferentes – Uruguai, Chile, Brasil, França, Alemanha e Finlândia.

Em 2020, o intuito era colocar em prática sua segunda edição itinerante, mas, devido à pandemia, essas articulações se modificaram e aconteceram de forma online. Desta vez, veículoSUR voltou ao formato presencial e contou com o apoio e parceria de Iberescena, SESC São Paulo, Instituto Frances, Oficinas Oswald de Andrade e Goethe Instituto São Paulo. Participaram mais de 20 artistas com linguagens distintas e diferentes localizações. Até o dia 04/11, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, conversas e intervenção artística refletiram, por exemplo, sobre a ideia “Deslocamento como Coreografia”. “Pensar na utopia como poder transformador é pensá-la como ponto de partida e não como um destino. Isso implica um exercício de deslocamento e, portanto, exige um reposicionamento de nossos sentidos e significados, para entrar no outro-lugar e na outra-história. Deslocamento como Coreografia é uma tecnologia que vem do desejo ou necessidade de mudanças e transformações de cenários, estados e ativações de sonhos”.