A EXPOSIÇÃO “PEDRAS NO CAMINHO” GANHA DESTAQUE NO INSTITUTO CERVANTES, EM SÃO PAULO. ENTRADA FRANCA ATÉ O DIA 23/12

As 45 obras inéditas – inspiradas pela artista Mary Carmen Matias durante o isolamento social provocado pela pandemia – estão na Exposição “Pedras no Caminho”, em São Paulo.

Reconhecida por suas inúmeras esculturas e colecionando diversos prêmios, Mary Carmen Matias e a curadora da Exposição Denise Mattar celebraram o sucesso da Exposição inaugurada no início do mês e segue até o dia 23 de dezembro, em São Paulo.

Iniciando uma nova fase, Mary Carmen Matias, isolada pela pandemia, em contato com a natureza, assumiu um novo desafio e foi  buscar um elemento natural para suas esculturas.

Surge a ideia, ao lembrar Drummond: “No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. Pensando no que todos passamos, a artista pela arte, traz sua mensagem. A forma natural e a beleza bruta da pedra vinda da mãe terra, a resistência e os diferentes formatos levaram à paixão pela pedra e ao desafio de extrair novos significados.

A artista agrega à pedra a combinação com o metal, elemento importante em sua expressão e linguagem. Dá continuidade à sua contínua busca de transformar materiais rígidos em mensagem de harmonia. Interfere, une e manipula, obtendo resultados originais e instigantes. “Para criar essas obras tive que me aprofundar no conhecimento de algo novo, lidando com materiais diferentes. O que mantive foi meu propósito de transformar algo rígido em suavidade e leveza”, declara Mary Carmen Matias.

Identifica e seleciona formas, elabora protótipos, estuda as formas de intervenção e formatação, sempre respeitando e enriquecendo a forma original.

 

Esta nova etapa, agora iniciada, abre inúmeras possibilidades para Mary Carmen seguir inovando e surpreendendo. O mundo parou e permitiu ao ser humano reflexões sobre os seus caminhos e a importância do respeito pela natureza. Ao caminhar por ruas e trilhas devemos buscar a beleza que nos envolve. Para a artista, elementos, formatos, cores, porosidades e texturas são estímulos que mobilizam, motivam e a levam a criar e produzir.

SOBRE MARY CARMEN MATIAS:

Mary Carmen Matias (Astorga, Espanha). Escultora e pintora.

Site: https://marycarmenescultora.com.br/

No curso de escultura no Mackenzie, em 2005, Mary Carmen conhece o escultor Caciporé Torres, com quem aprende as primeiras técnicas de escultura e o uso das ferramentas e da solda. Neste momento, com incentivo de seu primeiro mestre, assume a escultura como uma forma de expressão de seus valores.

Com sólida formação nas áreas de Sociologia e História onde estudou em profundidade as civilizações e suas manifestações artísticas, Mary Carmen dá, em 2007, seus primeiros passos na arte, e transforma seu conhecimento teórico e conceitual em manifestação cultural e artística.

Como resultado dos estudos, participa de sua primeira exposição no Mackenzie. Em seguida, Mary Carmen aprofunda seus estudos na escultura com Angela Bassan (MUBE). Neste momento há uma forte identificação com a modelagem em argila, com o alumínio e o bronze, dando dá início ao trabalho com a fundição em bronze.

Assimila ainda referências das obras do escultor grego Nicolas Vlavianos em seus trabalhos, a partir de 2008.

Suas esculturas em metal e bronze têm um aspecto humanista, revelando temas como relações familiares, especialmente a maternidade. As formas humanas ganham destaque em sua primeira individual, Reflexões – Os Caminhos da Forma, em 2010, com curadoria de Jacob Klintowitz (1941), e podem ser vistas também em obras como Confissões (azul), de 2010, ou ainda em formas individuais como Mulher de Xale (2011).

A obra de Mary Carmen ganha também um aspecto de complementação entre materiais e curvas. Embora utilize matérias-primas sólidas como o metal e, mais tarde, incorpore o mármore, o peso é trabalhado de modo a criar leveza, por meio de formas orgânicas. Assim, o que parece conflituoso no dualismo solidez-leveza ganha um aspecto poético e harmonioso nas obras da artista, como em Envolvimento (2011), feita em aço, e em Geminados e Entrosamento, ambas de 2018, mesclando metal com mármore.

Paralelamente à produção de esculturas, a artista passa a explorar a pintura em 2015, tendo como suporte o alumínio, que, assim como recebe pinturas, também contribui para a composição das cores, como em Sem Título (2019) e Sem Título (2020). Seus trabalhos mantêm a exploração das linhas e do movimento na escultura através do desenho que realiza sobre o suporte, ao mesmo tempo que se distancia dessa produção ao ampliar a paleta de cores, extrapolando o aspecto monocromático do trabalho nas esculturas.

Em 2022, Jacob Klintowitz lançou o livro “Os Caminhos da Forma” – mais de 160 páginas dedicadas à trajetória da artista.

SOBRE DENISE MATTAR:

Denise Mattar é uma das mais premiadas curadoras da atualidade. Exerceu o cargo de diretora técnica de instituições culturais, como o Museu da Casa Brasileira (1985-1987), o Museu de Arte Moderna de São Paulo (1987-1989) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1990-1997). Desde 1997, atua como curadora independente, tendo recebido ao longo dos anos quatro prêmios da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e dois prêmios ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte). Aceitou o convite de Mary Carmen Matias para este desafio de retratar o atual momento, com suas “pedras no caminho”.

 

SERVIÇO:

Exposição: O Caminho das Pedras

Período: de 06 a 23/12/2022

Local: Instituto Cervantes (Av. Paulista, 2439)

Entrada gratuita

Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 16h às 20h e aos sábados, das 10h às 14h.

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