A exposição “Nomes do Amor”, da artista-pesquisadora Simone Rodrigues, está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, no Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder, na Lapa, Zona Oeste da cidade de São Paulo. A mostra, que faz parte de um projeto itinerante do Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, reúne uma série de fotografias sobre a homoafetividade e transafetividade brasileira.
Os registros integram um projeto desenvolvido desde 2014 — e ainda ressoa atual — por Simone, que tem um comprometimento profissional de longa data com trabalhos imersivos voltados para a coletividade e inclusão. “Nesta obra, em especial, podemos nos conectar com percepções reais da família contemporânea”, afirma Rodrigues.
A partir da abordagem documental de casais reais, a exposição revela uma amostra da pluralidade ainda pouco conhecida da família homoafetiva brasileira. Por meio de imagens e relatos, dá visibilidade a este tipo de família contemporânea (que não conta com estatísticas oficiais), contribuindo para a sua naturalização no convívio social, o esclarecimento contra o preconceito e o reconhecimento do seu estatuto legal e jurídico.
Para Rogério de Oliveira, presidente da Casarão Brasil e coordenador do CCLGBTI Cláudia Wonder, a visibilidade de famílias homoafetivas e transafetivas está muito alinhada com as ações e projetos do CCLGBTI. “Trabalhar esse viés é importante, pois nosso dia a dia envolve 99 por cento da população LGBTQIAP+ e trans que foram expulsas(os) de casa, rompendo, muitas vezes, esse laço familiar tão importante para o desenvolvimento do ser. Trazer essa pauta para nosso espaço oferece uma reflexão necessária”, afirma Oliveira.
Serviço:
Data de encerramento: 02 de junho de 2023
Horário de visitação: 9h- 18h
Local: Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder
Endereço: Av. Ricardo Medina Filho, nº 603 – Vila Ipojuca | São Paulo – SP
Sobre o MDS
O Museu da Diversidade Sexual (MDS) é uma instituição do Governo do Estado de São Paulo ligada à Secretaria da Cultura e Economia Criativa, sendo o primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à Memória e Estudos da Diversidade Sexual.
A instituição é destinada à memória, arte, cultura, acolhimento, valorização da vida, agenciamento e desenvolvimento de pesquisas envolvendo a comunidade LGBTQIAP+ (contemplando a diversidade de siglas que constituem hoje o MDS) e seu reconhecimento pela sociedade brasileira. Trata-se de um museu que nasce e vive a partir do diálogo com movimentos sociais LGBTQIAP+, que se propõe a discutir a diversidade sexual e tem, em sua trajetória, a luta pela dignidade humana e a promoção por direitos, atuando como um aparelho cultural para fins de transformação social.
Atualmente, o MDS passa por uma reforma de ampliação da sua sede, na estação República do metrô, em São Paulo. Com isso, a unidade terá melhor infraestrutura para abrigar exposições, mostras e demais ações educativas do Museu, alcançando um público ainda maior. A expectativa é que a reforma seja finalizada ainda no primeiro semestre de 2023.
Sobre o Instituto Odeon
Atualmente o Museu da Diversidade Sexual é gerido pelo Instituto Odeon, uma organização social que tem como missão promover gestão e produção cultural e artística de excelência, em diálogo com a educação, agregando valor público para a sociedade. O Instituto Odeon existe para trazer mais cultura para as cidades e mais arte para as pessoas e transformar a percepção do público sobre museus e eventos culturais, trabalhando em direção a um país que promove a expressão da arte, expande o acesso ao que é produzido e leva a sério seu legado cultural.