NENA INOUE CELEBRA 40 ANOS DE TEATRO E TRAZ NOVO SOLO A SÃO PAULO APÓS SUCESSO NA ESTREIA NO FESTIVAL DE CURITIBA

‘Sobrevivente’ é a segunda parte da trilogia iniciada com ‘Para Não Morrer’, que lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Atriz em 2019

Peça investiga as origens apagadas da atriz, descendente de japoneses, que descobriu recentemente sua possível ascendência indígena e, nesse caminho, revela a história escondida das mulheres da família que vieram antes, indígenas e não indígenas

‘SOBREVIVENTE’ – De 11 de maio a 3 de junho – Sesc Pinheiros (Auditório)

 

‘Sobrevivente’, o mais novo trabalho de Nena Inoue, conta com participação de Pedro Inoue, além de texto e direção de Henrique Fontes, dramaturgo e diretor amazonense radicado em Natal (RN), onde ajudou a criar o Grupo Carmin e a Casa da Ribeira. A peça estreou com enorme sucesso na 31ª edição do Festival de Curitiba e chega agora a São Paulo para uma curta temporada no Auditório do Sesc Pinheiros, a partir de 11 de maio.

O solo é o segundo de uma trilogia idealizada por Nena Inoue, com enfoque nas histórias verídicas de mulheres, iniciada com o espetáculo ‘Para não Morrer’, que lhe rendeu o Prêmio Shell/2019 de Melhor Atriz e foi assistida por mais de 40 mil pessoas.

Neste novo trabalho, ela reconstrói, por meio do teatro documental, o caminho de sua historiografia. Descendente de japoneses, a atriz descobre, em 2020, indícios de sua origem indígena. A peça revela o processo de investigação sobre essas origens e os apagamentos que marcam a vida de algumas mulheres de sua família. O espetáculo conta com participação especial de seu filho, o também ator Pedro Inoue, que integra o projeto como ator e operador de cena.

Segundo Nena, “o foco é dar luz ao apagamento da história vivida por várias de nós e, através do teatro documental, compartilho a busca de minha ancestralidade e a descoberta recente de que minha avó seria indígena, mas que eu não sabia, não conseguia acessar, porque essa história foi apagada, assim como a de muitas de nós… Conhecemos as mulheres que vieram antes de nós? Quais histórias foram apagadas?”, questiona.

A atriz conta que o encontro com o dramaturgo Henrique Fontes (Prêmio Shell/2019 de Melhor Dramaturgia com “A Invenção do Nordeste”) resultou na idealização da peça. “Nosso primeiro contato se deu no ‘Redemoinho’, uma rede de militância teatral, em âmbito nacional. Depois, nos reencontramos no Festival da Casa da Ribeira, em Natal, quando, então, ele, premonitoriamente, me instigou a falar da minha ancestralidade e que eu, na época, não sabia que era indígena”, relembra.

Para a criação do espetáculo, Nena viajou em busca de registros para confirmar suas origens. O resultado se traduz em uma narrativa documental que é feita a partir dessa busca e também na criação de uma fábula em torno de uma mulher indígena.

Com texto e direção de Henrique Fontes, a peça é a primeira experiência de Henrique em terras curitibanas. “Essa montagem tem sido uma busca contínua por revelar nosso apagamento histórico e a negligência com nossas origens. Eu acredito que o público se identificará bastante com essa história íntima, mas também universal”, diz. Para ele, “o principal desafio é conseguir traduzir em cena toda a intensidade presente nas descobertas”.

Sobre Nena Inoue

www.nenainoue.com

Atriz, Diretora, Produtora Teatral e Artista Gestora. Com 40 anos de atuação ininterrupta, participou em mais de 80 montagens teatrais. Entre as mais recentes como atriz, “Murro em ponta de faca”, direção de Paulo José (2010/17) e “Para não Morrer” (de 2017 e em repertório). Como atriz e produtora, destaca os trabalhos dos diretores Ademar Guerra, Aderbal Freire-Filho, Felipe Hirsch, Paulo José. Com sua direção destaca os espetáculos “Henfil Já!” (2009), “Glue Trap”.

(Axys Theatre Company, NY//2009), “Paranã” e “Dalton Cabaré” (2016) e “Para não morrer” (2017). Criou os projetos Balanço Cênico; encontrosnecessarios; VozOff; Cartas, cartas, cartas; Outras Leituras; Projeto 70; Leituras da Ditadura e três edições do Curitiba Mostra. Integrou os movimentos Redemoinho, Movimento de Teatro de Grupo de Curitiba, Frente Brasileira de Teatro, Cultura Resiste, Movimento de Teatro de Grupo de Curitiba e atualmente integra o ATAC – Articulação dos Trabalhadores das Artes da Cena.

PRÊMIOS: Troféu Gralha Azul (3) Melhor Atriz (1993/94 e 2017); Melhor Espetáculo (2) por “Romeu e Julieta para Crianças” e “Aconteceu no Brasil, enquanto o ônibus não vem”; 08 prêmios Poty Lazzarotto (entre eles atriz e espetáculo) por “Estou te Escrevendo de um País Distante”, direção de Felipe Hirsch. Por sua atuação em “Para não morrer, levou o Troféu Gralha Azul (2017) e SHELL 2019 Melhor Atriz. Foi Diretora Artística do Teatro Guaira (2006/09) e é diretora geral do Espaço Cênico desde 1997.

 

Sobre Henrique Fontes

Henrique Fontes é dramaturgo, ator, diretor teatral e gestor cultural com 34 anos de experiência. Como diretor tem 17 peças montadas e como dramaturgo 29 textos escritos. Henrique Fontes também é fundador do Espaço Cultural Casa da Ribeira em Natal e atual diretor artístico (www.casadaribeira.com.br ). Tem trabalhado com o Grupo Carmin desde sua origem em 2007 (www.grupocarmin.com.br ) e ajudou também a fundar os Grupos Beira, Atores à Deriva e Grupo Casa da Ribeira. Integrou o Grupo Clowns de Shakespeare entre 1996 e 2004.

Indicado aos prêmios Shell e APTR 2023 na categoria Dramaturgia pelo espetáculo: “Peça de Amar”; Vencedor do Prêmio Shell 2019 na categoria Dramaturgia pelo espetáculo “A Invenção do Nordeste”. Vencedor do Prêmio do Humor 2019 de melhor Dramaturgia e Também o Prêmio Botequim Cultural 2019 como melhor Autor e Prêmio APTR de melhor Dramaturgia. Todos esses prêmios no Rio de Janeiro.

 

FICHA TÉCNICA

Projeto: Espaço Cênico

Dramaturgia e Direção: Henrique Fontes

Atuação: Nena Inoue e Pedro Inoue

Ator Operador/Diretor Assistente: Pedro Inoue

Direção de Texto: Babaya

Músicas: Lilian Nakahodo

Iluminação: Marina Arthuzzi

Cenografia/Figurino/Adereços: Carila Matzenbacher

Cenotécnico: Nietzsche

Relato Voz Off: Dráusio Galante, João Paulo de Souza

Relato Vídeo: Dulce Cândida de Souza

Assistente de Produção/Ctba: Mattheus Boeck, Alyssa Riccieri

Costureira: Sandra Francisca Canonico

 

Fotografia: Maringas Maciel, Humberto Araujo

Registros Digitais: Trópico Audiovisual (Ctba)/ Igor Marotti (SP)

Designer Gráfico: Martin Castro

Assessoria de comunicação: Pedro Neves

Redes Sociais: Platea Comunicação e Arte

 

Direção de Produção: Marcos Trindade

Coordenação Geral: Nena Inoue

Realização: Teatroca e Espaço Cênico

Apoio Cultural: Teatro Guaíra, Padaria América, Baba Salim, O.I.D.E, Quermesse, Novo Café do Teatro, Mahá Mistura Criativa, UFPR e Centro Cultural Sistema FIEP. Apoio Cultural SP: Planeta’s, Piolin, Nutrasom, Apfel

Incentivo: Bosch e Consórcio Servopa.

“Projeto realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba”.

SERVIÇO

Sobrevivente – Com Nena Inoue

Dramaturgia e Direção: Henrique Fontes.

De 11 de maio a 3 de junho de 2023. Quinta a sábado, às 20h.

Dia 27 de maio, sábado, o espetáculo compõe a Virada Cultura do Sesc Pinheiros, com entrada gratuita, com retirada de ingressos.

Duração: 70 minutos

Local: Auditório (3º andar) | Capacidade: 98 lugares | Livre

Ingressos: R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia) e R$ 10 (credencial plena)

 

Sesc Pinheiros

R. Pais Leme, 195 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05424-150

 

Classificação indicativa: Livre

Duração: 70 minutos

Fique por dentro de nossas últimas atualizações

Inscreva-se em nossa newsletter

Sem spam, notificações apenas sobre novas atualizações.

On Key

Related Posts

João Ventura em Contraponto

Pianista, cantor e compositor brasileiro que encantou Madonna, apresenta espetáculo no Teatro B32, fará a fusão da música erudita com a popular O pianista, cantor