Em comemoração a uma década de atividades, está em cartaz na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM) da USP a exposição Uma biblioteca viva – BBM 10 anos com o objetivo de mostrar um recorte de sua coleção de obras raras. Ao longo de nove expositores e duas vitrines laterais estão exibidas diversas obras de grande relevância, consideradas essenciais para conhecer o acervo, com cerca de 32 mil títulos e 60 mil exemplares. A exposição fica em cartaz até 15 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30.
O público poderá acompanhar livros da coleção de José Mindlin e de Rubens Borba de Morais, os dois principais bibliófilos que doaram suas coleções para a BBM. Os nove expositores têm livros relacionados aos três eixos principais do acervo BBM: livros de literatura, livros como objeto de arte e livros de viajantes. A sessão de literatura está dividida em: livros infantis, modernismo e a coleção de primeiras edições de Machado de Assis.
As primeiras edições de Machado de Assis, já expostas em outras ocasiões, ganham nova apresentação a partir da descoberta de novos elementos no acervo da Brasiliana.
O visitante também é convidado a fazer uma reflexão sobre o futuro da biblioteca e como ela deve ser pensada e composta através de uma sessão dos livros que não estão presentes no acervo da BBM, como os de Carolina Maria de Jesus.
Rubens Borba de Moraes
O público também poderá acompanhar outra exposição no complexo Brasiliana com Rubens Borba de Moraes: um protagonista invisível. A mostra, aberta para visitação até 29 de junho, busca apresentar as várias facetas sobre a atuação profissional e a vida do bibliófilo modernista, importante personagem para a formação do acervo da BBM.
Dividida em sete seções, montadas como se fossem estantes de sua biblioteca, traz para o público a sensação de uma visita ao seu acervo pessoal. Ao percorrer as estantes, o visitante poderá ver diferentes momentos de sua vida e observar os entrecruzamentos de sua trajetória com momentos cruciais para o desenvolvimento cultural no Brasil, a partir da década de 1920, tendo como um dos marcos a Semana de Arte Moderna de 22.
A curadoria é assinada pela doutora em Ciência da Informação pela USP, Silvana Arduini, e pelo mestre em Museologia, também pela USP, Nicholas Simão Betoni. A organização é da Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura e da Coordenadoria Geral de Bibliotecas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).