MIS realiza encontros com fotógrafos e curadores da exposição Nova Fotografia 2023

O primeiro bate-papo acontece no dia 26 de agosto, entre a curadora Mônica Maia e a artista Salua Ares, que trazem uma conversa sobre o processo de curadoria para a exposição “Azinhaga”. Novas datas serão divulgadas em breve

O MIS (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo), promove, como programação paralela à exposição Nova Fotografia 2023, encontros entre artistas e curadores do projeto. O primeiro bate-papo acontece no dia 26 de agosto, às 15h, entre a curadora Mônica Maia e a artista Salua Ares, que trazem uma conversa sobre o processo de curadoria para a exposição “Azinhaga”.

 

Nesse encontro, o público terá a oportunidade de entender as diversas etapas de concepção de uma das exposições que compõem o Nova Fotografia, da inscrição na convocatória à exposição finalizada, incluindo curiosidades sobre toda a etapa de produção. 

Desde 2011, o Nova Fotografia seleciona, por meio de convocatória, seis trabalhos de artistas promissores, que se destacam pela qualidade e inovação. Além das exposições, que ganham um acompanhamento curatorial individual, esses projetos também passam a fazer parte do acervo físico e digital do MIS. 

 

Os trabalhos selecionados são expostos em duas etapas. Nesta primeira, que permanece em cartaz até 17 de setembro, é possível conferir Utaki, de Ricardo Tokugawa; Azinhaga, Salua Ares, e ZL não é um lugar assim tão longe, de Erick Peres – no espaço de exposições Maureen Bisilliat, localizado no térreo do museu. 

 

Sobre Azinhaga – por Mônica Maia

“No projeto, Salua Ares explora o encontro e o confronto entre memória e matéria. Numa espécie de arqueologia, a artista parte de recortes fotográficos criados a partir de imagens apropriadas de álbuns de famílias que testemunharam a transformação radical de seus cenários de infância. Os registros em preto e branco das relações pessoais, mãos e braços dados, ambientes cotidianos e os sorrisos das crianças são colocados em contraponto aos elementos característicos da construção civil, tais como blocos de concreto e cimento, e materializam a ideia de transfiguração e vestígios. A estratégia das justaposições e os paralelos visuais entre as imagens tocam diretamente as camadas de recordações.” 

 

Sobre a artista

Salua Ares é artista visual e vem desenvolvendo sua produção artística através de práticas híbridas que se irradiam a partir da fotografia. Seu interesse tem se voltado para os apagamentos. Apagamento de histórias, espaços, identidades. O que resiste ou fenece, afinal? Em seus trabalhos, Salua explora tanto o objeto quanto a fisicalidade da matéria, uma vez que os entende como mediadores da relação humana com o mundo. Utiliza-se de uma estética minimalista como contraponto a uma sociedade cada vez mais caracterizada por excessos, e encontra no rigor da geometria uma alusão ao controle que o homem busca ter sobre todas as coisas. Em 2021, foi selecionada para participar do Festival de Fotografia Experimental (Barcelona, Espanha) e do Pequeno Encontro da Fotografia (Pernambuco). É graduada em Ciências Econômicas pelo INSPER (2007) e em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte (2017).

 

Sobre a curadora

Mônica Maia é editora, curadora e produtora. É sócia da DOC Galeria e produtora da Mostra SP de Fotografia. Foi fotógrafa e editora da Agência Estado (1987/2007) e da Folha de S.Paulo. Em 1999, foi a primeira brasileira a ser jurada do World Press Photo e, desde então, é membro do Joop Swart Masterclass. Foi curadora do 3º Encontro de Coletivos Fotográficos Ibero-Americanos, em Santos, SP (2014), e dos projetos “Testemunhos para o não esquecimento” e “Por dentro de um tempo suspenso”, ambos apresentados no Festival de Fotografia de Tiradentes, MG (2019-2020). Em 2015, lançou a Foto Feira Cavalete. É idealizadora da plataforma Mulheres Luz, projeto de pesquisa e publicação de conteúdos produzidos por fotógrafas. 

 

SERVIÇO | Nova Fotografia 2023 – Bate-papo com fotógrafa e curadora 

Local: Espaço Maureen Bisilliat (espaço expositivo térreo) | Museu da Imagem e do Som (MIS)

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo

Data: 26 de agosto, às 15h  

Ingresso: Gratuito 

Classificação indicativa: livre  

 

O Goldman Sachs é Patrono do Núcleo de Fotografia do MIS. A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Acervo MIS tem como Patronos as empresas Goldman Sachs e Siemens. O MIS tem como mantenedora a empresa B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio operacional é da Kaspersky, Pestana Hotel Group e Telium.

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