Espetáculo gratuito sobre o poder destruidor da bomba atômica faz curta temporada no teatro Paulo Eiró

Encenado por atores nipo-brasileiros, o projeto Oriente-se: Amarelos em Cena apresenta espetáculo sobre a possibilidade de extermínio da humanidade trazida  pela invenção da bomba atômica, que provocou entre 130 e 240 mil mortes nas  cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, no fim da Segunda Guerra.

A peça O Legítimo Pai da Bomba Atômica tem apresentações no Teatro Paulo  Eiró de 12 a 15 de outubro, com apresentações quinta, sexta e sábado, às 21h,  e no domingo, às 19h.

A temporada é possível graças a recursos da 40ª edição da Lei de Fomento ao  Teatro para a Cidade de São Paulo.

Sobre O Legítimo Pai da Bomba Atômica 

Com texto do premiado autor Murilo César Dias e direção de Gabriela Rabelo,  O Legítimo Pai da Bomba Atômica leva para o palco questões políticas,  históricas e técnicas que envolvem a criação da bomba atômica e o que  significaria para a humanidade o uso dessa arma na atualidade.

A montagem também contribui com um importante debate sobre questões  étnicas como representatividade e lugar de fala, pois personagens reais de  diversas nacionalidades (alemão, americano, húngaro etc.) são interpretados por  atores nipo-brasileiros, integrantes do Coletivo Oriente-se.

O texto, inspirado na história real do físico judeu húngaro Léo Szilárd e na sua  participação na construção da primeira bomba atômica, traz para a cena as  figuras de sua esposa, a médica Gertrude Weiss, e diversos personagens  históricos, entre eles Albert Einstein, o presidente americano Harry Truman, o  general Groves, e vários outros que direta ou indiretamente colaboraram para a  construção da bomba e para seu lançamento que resultou no extermínio de  centenas de milhares de pessoas em Hiroshima e Nagasaki.

O caminho entre a descoberta científica e a sua utilização como bomba de  destruição em massa é acompanhado por um drama interno do físico Léo  Szilárd, que vê sua invenção ser desviada do objetivo.

A ideia do projeto é alertar para os perigos de se resolver os conflitos mundiais  através de guerras, através da montagem de espetáculos que tratem das  grandes tragédias da humanidade.

“O objetivo do espetáculo é ajudar a disseminar a cultura de paz, promovendo  um debate sobre o sentido das armas de destruição através da história de Léo  Szilárd ao mesmo tempo que convidamos o público a refletir sobre a estupidez  da guerra e da utilização das armas terríveis que vêm sendo criadas com o  avanço da ciência, além disso colocando atores nipo-brasileiros em cena, reforça  nosso manifesto como atores nipo-brasileiros que podemos interpretar qualquer  personagem e não aqueles tipos estereotipados e equivocados como tintureiro,  verdureiro e samurai, quando não nos colocam para falar errado e exóticos. Não  somos exóticos e muito menos estrangeiros em nosso próprio país, somos como  qualquer outro brasileiro”, diz Rogério Nagai, coordenador geral do projeto, que  já viveu o físico na montagem original.

O elenco é formado por Edson Kameda, Rogério Nagai, Ligia Yamaguti,  Ricardo Oshiro Ulisses Sakurai. 

O Legítimo Pai da Bomba Atômica 

Texto: Murilo Dias César

Direção: Gabriela Rabelo

Elenco (em ordem alfabética): Edson Kameda, Ligia Yamaguti, Ricardo Oshiro,  Rogério Nagai e Ulisses Sakurai.

Apresentações: de 12 a 15 de outubro, sexta e sábado, às 21h, e no domingo,  às 19h

Onde: Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro Ingressos: Grátis, distribuídos uma hora antes de cada apresentação ou pela  plataforma Sympla.

Duração: 90 minutos

Classificação: 10 anos

Gênero: Drama

Ficha Técnica

Texto: Murilo Dias César.

Direção: Gabriela Rabelo.

Assistente de direção: Edson Kameda.

Elenco: Edson Kameda (Secretário da Guerra Stimson/Henrico Fermi), Rogério (General Groves/Repórter Willian Lawrence),

Ligia Yamaguti (Gertrude Weis),

Ricardo Oshiro (Einstein, Cientista 1 e Truman) e

Ulisses Sakurai (Léo Szilárd).

Cenografia e figurinos: Telumi Hellen.

Produção executiva: Rogério Nagai.

Preparação corporal: Lilian Domingos.

Criação musical: Yugo Sano Mani.

Operação de luz: Paula da Selva.

Criação, edição e operação de vídeomapping e som: Alexandre Mercki. Fotografia: Joelma do Couto.

Mídias sociais: Lol Digital.

Assessoria de imprensa: Pombo Correio.

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