Coleção Itaú de Numismática ganha espaço exclusivo para visitação no Itaú Cultural

Espaço Herculano Pires – Arte no dinheiro se estende por 278 metros quadrados do 6º andar da instituição. Entre moedas, medalhas, provas, ensaios, condecorações e objetos ligados ao universo monetário, exibe mais de 2,9 mil peças. O espaço expositivo é permeado por vídeos, obras de arte, livros raros, atividades interativas, acessibilidade e abriga uma sala especial onde repousa o mais valioso objeto: a Peça da Coroação (de Dom Pedro I).

No andar de cima do já conhecido Espaço Olavo Setubal, o Itaú Cultural inaugura o Espaço Herculano Pires – Arte no dinheiro, mostra que abriga permanentemente a Coleção Itaú de Numismática. A partir de 7 de dezembro, ela apresenta para apreciação do público um amplo recorte dos mais de sete mil itens que compõem este acervo, entre os quais estão raras peças.

São cerca de 1,9 mil moedas, 500 medalhas, 36 cédulas e 464 selos, além de condecorações, livros raros sobre o tema, obras de arte contemporânea e outros objetos de colecionador. No conjunto, a exposição conta a trajetória da construção dos diversos brasis e identidades culturais brasileiras, desde os primórdios até a atualidade.

A concepção e realização do espaço é do Itaú Cultural, com os núcleos de Artes Visuais e Acervos e de Informação e Difusão Digital. A curadoria é de Vagner Porto, mestre e doutor em Arqueologia, pela Universidade de São Paulo. A assinatura do projeto expográfico é de Humberto Pio e Marcelo Dacosta, do Estúdio Risco, e os textos referentes às 26 obras de arte contemporânea, que se encontram no espaço, são de Leno Veras, comunicólogo, pesquisador e professor com foco na abordagem educativa nos campos curatorial e editorial.

Este acervo foi iniciado pelo Banco Itaú em 1984 com a aquisição da coleção de moedas de Herculano de Almeida Pires (1905-1983), então membro do Conselho de Administração da organização. Eram 796 moedas de ouro, prata, cobre, níquel, cupro-níquel, alumínio e bronze. Hoje ela reúne mais de 7 mil itens.

“A memória é uma chave imprescindível para entender quem somos, onde estamos e, assim, abrir as portas para refletirmos sobre o passado e os futuros possíveis. A trajetória das moedas, das medalhas, das cédulas e dos selos nacionais revela muito das nossas identidades”, diz Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú.

“A exposição é um convite para o público conhecer histórias que, por muito tempo, não foram contadas. Por meio do acervo numismático e da arte, acrescentamos uma percepção crítica e criativa às narrativas que formam o nosso país”, acrescenta Jader Rosa, superintendente do Itaú Cultural.

EM EXPOSIÇÃO
INTERATIVIDADE
ACESSIBILIDADE E FORMAÇÃO
HERCULANO PIRES

Situado no sexto piso do Itaú Cultural – em uma espécie de extensão do Espaço Olavo Setubal no quarto e quinto andares –, o igualmente nobre Espaço Herculano Pires – Arte no dinheiro é todo branco. Um total de 29 vitrines agrupam as peças em 10 temas, como a noção de valor entre os povos originários, negritude e sua invisibilidade histórica, a representação das mulheres, memória histórica revisitada e o começo da colonização – saiba mais. No conjunto, eles revelam uma noção completa de como a identidade brasileira e toda a sua história foi sendo construída.

Uma das peças dos primeiros tempos da implantação do dinheiro no Brasil, em exibição, se chama Português, moeda emitida pela primeira vez antes da viagem de Vasco da Gama, que levou alguns exemplares para a Índia em 1498. De ouro, ela foi cunhada do fim do século XV até meados do século XVI. A peça exposta é de 1499.

Têm, ainda, os raríssimos florins, importantes testemunhos da presença holandesa no país. Também dobrões de D. João V, uma das maiores e mais pesadas moedas de ouro já produzidas pelo homem, que evidenciam toda a riqueza e a opulência que o Brasil viveu. Chamam a atenção, as macutas produzidas em cobre, aqui, para circular em Angola e as fracionadas balastracas confeccionadas durante a Guerra do Paraguai. Vale citar, ainda, a famosa condecoração imperial Ordem da Rosa criada pelo imperador D. Pedro I para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia.

Com paredes azuis, uma sala especial rasga o branco do restante da mostra. Embalada por um ambiente sonoro de música instrumental de compositores brasileiros do início do século XX, ela abriga, entre outras, a moeda mais importante do acervo: a Peça da Coroação. Ela foi feita quando o imperador do Brasil D. Pedro I, ao ascender ao trono em 1822, autorizou a cunhagem de moedas no país, com a sua face. Ele proibiu a entrada desta versão em circulação por apresentar, a seu ver, erros inaceitáveis. Hoje, existem no mundo apenas 16 exemplares dela.

Veja mais informações sobre as peças neste press kit digital em TemasColeção e Curiosidades.

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