Salloma Salomão lança ‘Ancestres de Prima Vera’ com banda Al Andaluz e participações de Fabiana Cozza, Allan Abadia e Maurício Pazz no Sesc Vila Mariana

Visitando com acento próprio algumas musicalidades negras do século XX, a apresentação acontece na quinta-feira, dia 18/01, às 21h

O multiartista, pesquisador e  educador Salloma Salomão faz show no Sesc Vila Mariana, no dia 18/01, às 21h, em comemoração aos seus 40 anos de trabalho criativo, acompanhado pela Sincrônica Al Andaluz e com as participações especiais de Fabiana Cozza, Allan Abadia e Maurício Pazz.A apresentação marca a estreia do décimo álbum da carreira do artista, ‘Ancestres de Prima Vera’, desde dezembro nas plataformas online, antecipando, também, o próximo trabalho de Salloma Salomão, previsto para março de 2024. Os ingressos estão disponíveis para compra online e para venda presencial.


O repertório é estruturalmente composto por músicas instrumentais como “Lira Ceciliana”, “Muzambinhos” e “Congos de Ouro”. Não diferente do álbum, neste show os timbres, texturas e paisagens sonoras instrumentais e vocais prescindem da letra e do formato convencional da canção para colocar o público em contato com a sonoridade orgânica produzida por cordas, sopros, vozes, percussão, vibrafone, piano e bateria. “As primeiras combinações ou ímpetos musicais saem inicialmente de mim e passam pelas mãos de uma orquestradora brilhante, Luiza Tavares, e arranjadores não menos imaginativos como Gui Braz, Fábio Leandro e Tô Bernado. Visitamos com acento próprio algumas musicalidades negras do século XX… Sambas, choro, congo, jazz, forró e o soul. Estamos nos perguntando sobre os caminhos que artistas negres percorreram para grafar pensamento musical africano com a escrita ocidental. Trata-se de contrapontística negra”, explica.

Acesse AQUI as fotos de divulgação 🙂


SOBRE SALLOMA SALOMÃO

Salomão Jovino da Silva nasceu em Passos (MG), em agosto de 1961. Ainda na adolescência teve o contato com o movimento black, o que foi essencial para a formação da sua identidade. Também na adolescência montou rádio e ajudou a construir a cultura periférica, sempre com visão crítica dos processos que acontecem no Brasil. Assim, reconhece-se negro, muito para além de ser descendente de africanos, mas vivendo todas as formas de cultura negra. Trafegou por diversas linguagens artísticas como: teatro, música e poesia.

Graduando-se em História, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997), onde também cursa Mestrado em História (2000). O doutorado em História deu-se pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005), com estágio na Universidade de Lisboa. Possui experiência ampla na área de História, com ênfase em História do Brasil Império, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura musical, identidades étnicas e movimentos negros urbanos, identidade nacional e cultura política internacional, escravidão e práticas culturais negras no século e musicalidade africana. Desenvolveu longo trabalho em educação social como, por exemplo, na área de alfabetização na Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (FEBEM), além de outros processos de ensino e de aglutinação de diferentes linguagens, tanto em sua obra como em espaços que circulou.

Com vasta produção literária acadêmica, sua carreira inclui atuação como professor colaborador na Universidade Federal de São Carlos (2006); consultor da prefeitura de São Paulo, na Secretaria Municipal de Educação (2014-2016). Atualmente é professor convidado da Universidade de São Paulo (USP) e, ainda, professor na Escola de Comunicação e Artes Centro de Estudos Latino-Americanos Sobre Comunicação (CELLAC), no Curso de Extensão Etno-Afro, ministrando a disciplina Etincidades e Africanidades.

Em 2020, por meio do Centro de Música do SESC-SP, ministrou o curso intitulado Raízes Africanas da Música Brasileira, apresentando panorama crítico a um campo de pesquisa etnomusicológica baseado no trabalho acadêmico de Kazadi Wa Mukuna, que colocou em relevância e reflexão os elementos centro africanos basilares na cultura musical brasileira. Serão abordados as culturas musicais e suas associações com a religiosidade africana em suas diversas manifestações; as dinâmicas socioculturais influenciadas pela urbanização e marginalização pós abolição; culturas musicais afro-brasileiras na contemporaneidade; entre outros temas.

Compositor, educador de ensino superior, ator, dramaturgo autoformado e socialmente construído. Dialogando de forma tensa com a produção artística e cultura hegemônica, criou uma obra que se estende dos dias atuais ao início dos anos 1980. Sua produção musical é composta por sete CDs e 3 DVDs.

Desenvolve projetos continuados de formação de educadores e artistas. Cria e difunde pesquisa e música para teatro, dança e cinema por meio de inúmeras parcerias. Seus trabalhos mais recentes incluem participação na peça premiada Gota D’Água Preta (2018-2020), autoria do musical Agosto na Cidade Murada (2018) e atuação no projeto teatral Fuzarka dos Descalços (Prêmio Cultura Inglesa, 2019) do Coletivo dos Anjos. Além destes, teve participações nos documentários Dentro da minha Pele, de Venturi Gomes; Negro em Mim, de Macca Ramos; e, Deixe que Digam, sobre o cantor e compositor Jair Rodrigues, dirigido por Rubens Rewald (ECA-USP). Compôs a trilha sonora autoral do Filme Todos Os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, selecionado para o Festival de Cinema de Berlim e premiado no Festival de Cinema de Gramado em 2020.

 
FICHA TÉCNICA

Direção Musical: Salloma Salomão
Participações: Fabiana Cozza, Allan Abbadia e Maurício Pazz
Orquestração e Arranjos: Fábio Leandro, Gui Braz, Luiza Tavares, Tô Bernardo e Salloma Salomão.
Banda Al Andaluz: Gui Braz, Fabio Leandro, Mateus Batera, Denys Fellipe, Manoel Trindade.
Vozes: Eloisa Paixão, Estela Paixão, Rita Teles
Cordas: Erica Navarro, Jenifer Cardoso, Fabinho Sá, Lua Bernardo, Izandra Machado.
Sopros: Dennys Fellipe, Laura Santos, Tô Bernardo, Luiza Tavares, Jessica Evangelista, Juliana Pereira.
Iluminação: Miriam Selma
Som PA, Captura, Mixagem: Nilson Costa e
Filmagem e edição (Difusão): Fernando Solidade e Cinebecos
Roteiro: Salloma Salomão
Concepção: Aruanda Mundi
Direção de Produção: Rita Teles
Assistentes de produção: Jaqueline Rosa e Rafaela Araújo
Produção Executiva: Núcleo Coletivo das Artes Produções/ Aruanda Mundi

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