A peça, que aborda a relação entre um filho e sua mãe com Alzheimer, estreia em São Paulo de 07 a 29 de setembro
O emocionante espetáculo solo “MEU NOME: MAMÃE”, estrelado por Aury Porto e dirigido por Janaina Leite, chega ao Teatro Oficina para uma curta temporada de 07 a 29 de setembro. Essa montagem, que já foi assistida por mais de mil pessoas, aborda de forma tocante a jornada de um filho lidando com o adoecimento de sua mãe, diagnosticada com Alzheimer, trazendo à tona memórias, músicas e histórias que fazem parte dessa convivência.
Com sessões aos sábados e domingos, sempre às 19h, a peça utiliza elementos da autoficção, oferecendo uma perspectiva intimista e poética sobre o impacto da doença. O espetáculo também é uma oportunidade para refletir sobre o envelhecimento da população brasileira e os desafios trazidos por doenças degenerativas como o Alzheimer, que afeta mais de 1,2 milhão de pessoas no Brasil.
Uma Reflexão Poética Sobre a Vida e a Memória
A narrativa do espetáculo foi construída com base em experiências pessoais do ator Aury Porto, que há 15 anos acompanha o lento processo de degeneração cognitiva e perda de memória de sua mãe. A dramaturgia de Claudia Barral, centrada nas figuras do Filho e da Mãe, traduz de forma poética e surreal as dificuldades, dores e momentos de ternura que permeiam essa relação.
A encenação mistura humor e lirismo, trazendo à tona situações cotidianas que, mesmo tocadas pela doença, são tratadas com leveza e afeto. A relação entre filho e mãe é recriada em um mosaico de memórias, onde o surrealismo e as reminiscências dialogam com a dura realidade da perda de memória.
Teatro e Vida: Uma Abordagem Lúdica para Enfrentar o Alzheimer
A diretora Janaina Leite, conhecida por suas obras que exploram o realismo e a autobiografia, viu em “MEU NOME: MAMÃE” uma oportunidade de trazer à cena novas maneiras de pensar sobre o Alzheimer e os vínculos familiares. “O espetáculo não fala apenas sobre o passado, mas também sobre uma memória em movimento, que se transforma no presente pela força dos laços afetivos”, comenta Leite.
A montagem também tem um propósito social. Com o envelhecimento da população brasileira, a peça busca colaborar com a discussão sobre as doenças da velhice e como a sociedade pode lidar de forma mais empática e humana com essas questões.
Cenário e Trilha: O Sertão Cearense Toma o Palco
A cenografia e o figurino de Flora Belotti buscam representar o cotidiano do sertão cearense, de onde Aury Porto e sua família são originários. Elementos simples, como tecidos crus e objetos típicos das casas de interior, ganham novos significados ao longo da peça. Já a trilha sonora, criada por DiPa, mistura músicas que fazem parte das memórias afetivas de mãe e filho, além de composições originais que aludem ao sertão e à desconstrução sonora desse universo.
Informações Sobre a Temporada
-
Datas: De 07 a 29 de setembro de 2024
-
Horários: Sábados e domingos, às 19h
-
Local: Teatro Oficina – Rua Jaceguai, 520 – Bela Vista, São Paulo – SP
-
Ingressos: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia-entrada) e R$ 20,00 para moradores do Bixiga
-
Venda de ingressos: Bilheteria do teatro, Sympla ou pelo e-mail meunomemamae24@gmail.com