Teatro da USP recebe o espetáculo Odisseia da Cia Hiato

Inspirado no poema épico de Homero, a peça utiliza trechos originais do texto e experiências da vida dos atores. Além do espetáculo, haverá programação gratuita no mês de outubro na Sala TUSP do Anfiteatro Camargo Guarnieri

Nos dias 22 e 23 de outubro, o Teatro da USP recebe mais uma vez a Cia Hiato – agora na nova sala do TUSP Butantã, no Anfiteatro Camargo Guarnieri – o espetáculo Odisseia (ou o desaparecimento do público), sétimo trabalho da Cia. A peça é inspirada no épico de Homero, com direção de Leonardo Moreira e dramaturgia coletiva, e estará em cartaz no sábado e domingo, às 18 horas, com entrada gratuita.

As apresentações fazem parte da Mostra Litoral, que revisita a história da Hiato em ações desenvolvidas durante o atual processo de pesquisa da oitava criação do grupo. Além da mini-temporada de Odisseia, a ação inclui palestras sobre o pensamento indígena e ensaios abertos do projeto Litoral.

Todos os eventos são gratuitos e acontecem na sala TUSP Butantã, situada no Anfiteatro Camargo Guarnieri, na Cidade Universitária.

No poema épico de Homero, o herói Ulisses narra sua turbulenta e longa viagem de volta para casa em Ítaca, depois de ter lutado na Guerra de Troia. Durante dez anos, o narrador da história foi refém do próprio mar e vivenciou uma série de perigos e aventuras mitológicas. Assim como a Ilíada, que narra a disputa entre os exércitos de Aquiles e Heitor na Guerra de Troia, a Odisseia tem origem na tradição oral e é considerada uma das pedras fundamentais da literatura ocidental.

Indicado ao prêmio Shell de 2018, o espetáculo associa trechos da obra original às experiências da vida dos atores. Personagens e atores contam suas histórias pessoais – algumas verdadeiras, outras falsas, sonhos, memórias e dúvidas – mostrando ao público que não há limites entre a mitologia e a vida comum e que todos podem ser igualmente míticos e ordinários.

Como o protagonista Ulisses não está em cena, o público deve assumir esse papel ao ouvir as histórias contemporâneas. Em diferentes momentos, o espectador pode assumir a figura de um migrante, um líder político ou militar, um estrategista, um poeta, um pai e marido amoroso, um adúltero, um morador de rua, um ladrão e mentiroso, um assassino em massa, um herói de guerra e assim por diante.

O espetáculo foi realizado em coprodução com Onassis Center Athens, Mousonturm/Frankfurt, estreou em Atenas/Grécia em 2018, realizou temporada em São Paulo e desde então vem percorrendo palcos nacionais e internacionais.

Confira a programação:

Desenterrar raízes

Segunda, 24 de outubro, 19 horas (evento online)

Palestra O pensamento indígena | com Ziel Karapotó – *transmissão via youtube da cia hiato

Terça, 25 de outubro

Publicação do ensaio poético | de Ziel Karapotó 

*acessível no blog da cia hiato

Terça e quarta, 25 e 26 de outubro

Processos de convívio | comunidades indígenas 

19 horas – Vestígios – reencontrando nhe’ẽ porã | organização de Fernanda Stefanski

20 horas – yvy porã – terra preciosa | organização de Maria Amélia Farah

21 horas – Oca | de Ziel Karapotó

Ensaios abertos  | Litoral

Quinta, 27 de outubro

19 horas – Uma peça sonora sobre compostagem | organização de Aline Filócomo

Sexta, 28 de outubro

19 horas – Mofo | organização de Thiago Amaral e Aline Filócomo

Sábado, 29 de outubro

19 horas – Leitura cênica | Quando a gente se perdeu porque não sabia mais pra onde a gente tava indo | organização de Paula Picarelli

Sobre a Cia. Hiato

Criada pelo diretor e dramaturgo Leonardo Moreira, comemorou em 2018 os dez anos de seu primeiro trabalho, Cachorro Morto (2008), vencedor do prêmio FEMSA de melhor espetáculo e cenografia. O grupo também montou Escuro (2009), que recebeu o prêmio Shell em 2011 nas categorias de melhores dramaturgia, figurino e cenografia; O jardim (2011), ganhador dos prêmios Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA (melhor direção), Shell (autor e cenário), Cooperativa Paulista de Teatro – CPT (autor e espetáculo) e Questão de Crítica (figurino); Ficção (2012); 02 Ficções (2014) e Amadores (2017), ganhadora do prêmio APCA de melhor direção. Para celebrar a sua primeira década de existência, a Cia. Hiato remontou seus trabalhos mais importantes e estreou, em 2018, Odisseia (ou o desaparecimento do público) no Onassis Cultural Centre, em Atenas, na Grécia.

Ficha técnica: Odisseia – Cia. Hiato / Direção: Leonardo Moreira / Escrito por: Aline Filócomo, Aura Cunha, Fernanda Stefanski, Leonardo Moreira, Luciana Paes, Maria Amélia Farah, Paula Picarelli e Thiago Amaral / Elenco: Aline Filócomo, Aura Cunha, Flávia Melman, Maria Amélia Farah, Nilcéia Vicente e Paula Picarelli / Assistência de Direção | Codireção: Aura Cunha e Luciana Paes / Dramaturgismo: Mariana Delfini / Iluminação e Cenografia: Marisa Bentivegna / Direção Audiovisual e Arte Gráfica: Laerte Késsimos / Trilha Sonora: Miguel Caldas / Operação de som: Tomé de Souza / Figurinos: Chris Aizner / Objeto de Cena (Argos), Operação de Vídeo e Assistência de Palco: Cezar Renzi / Fotos: Elina Giounanli e Ligia Jardim / Registro em Vídeo: Ricardo Sêco / Direção de Produção: Aura Cunha / Produção Executiva: Yumi Ogino

 

Serviço

Mini temporada – Odisseia (ou o desaparecimento do público) – 22 e 23 de outubro | sábado e domingo às 18 horas

Desenterrar raízes

Segunda, 24 de outubro, 19 horas (evento online) – Palestra O pensamento indígena | com Ziel Karapotó – *transmissão via youtube da cia hiato

Terça, 25 de outubro – Publicação do ensaio poético | de Ziel Karapotó (*acessível no blog da cia hiato)

Terça e quarta, 25 e 26 de outubro – Processos de convívio | comunidades indígenas / 19 horas – Vestígios – reencontrando nhe’ẽ porã | organização de Fernanda Stefanski / 20 horas – yvy porã – terra preciosa | organização de Maria Amélia Farah / 21 horas – Oca | de Ziel Karapotó

Ensaios abertos  | Litoral / Quinta, 27 de outubro – 19 horas – Uma peça sonora sobre compostagem | organização de Aline Filócomo / Sexta, 28 de outubro – 19 horas – Mofo | organização de Thiago Amaral e Aline Filócomo / Sábado, 29 de outubro – 19 horas – Leitura cênica | Quando a gente se perdeu porque não sabia mais pra onde a gente tava indo | organização de Paula Picarelli

 

Onde | Anfiteatro Camargo Guarnieri

Rua do Anfiteatro, 109 – Butantã, São Paulo

Quanto | grátis

É obrigatório comprovação de vacinação.

ICapacidade | 65 lugares (Odisseia) | 50 lugares (demais atividades)

Informações | (11) 3123-5222

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