Com direção de Alberto Silva Neto, o espetáculo faz temporada de 12 de janeiro a 11 de fevereiro, de quinta a sábado, às 20h,
no Auditório (3º andar)
Sozinho sobre o palco vazio, Claudio Barros conta oito histórias que, reunidas, fazem um retrato dos modos de vida do povo habitante de pequenos povoados à beira dos rios, no Norte do Brasil. O ator constrói narrativas, usando apenas o corpo e a voz, que levam o espectador a imaginar pessoas, paisagens, cores, sons e cheiros que constituem o universo amazônico. O espetáculo faz temporada de 12 de janeiro a 11 de fevereiro, de quinta a sábado, às 20h, no Auditório (3º andar) do Sesc Pinheiros.
A obra do romancista paraense Dalcídio Jurandir – fonte dramatúrgica do espetáculo – traduz a complexidade da região, onde a riqueza e a exuberância da vida ligada ao ambiente natural contrastam com um drama social histórico, consequência da exploração predatória e da violação de direitos que resultam em desigualdades sociais alarmantes. Foi a percepção desse viés político do autor que levou o grupo Usina a construir uma poética cênica a partir de histórias breves extraídas do romance Marajó, lançado por Dalcídio e publicado em 1947.
O espetáculo, que estreou em 2009, foi apresentado na época em 11 municípios paraenses, apoiado por um edital privado, o programa Rumos, do Instituto Itaú Cultural. O projeto do Usina apresenta um escopo de temas e soluções estéticas que retira o imaginário amazônico do estereótipo, reconquistando para o palco, além da representação da paisagem física, os dramas da paisagem humana.
Ficha técnica
Obra original: Romance Marajó, de Dalcídio Jurandir (1947)
Dramaturgia, iluminação, encenação e direção: Alberto Silva Neto
Dramaturgia, figurino e atuação: Claudio Barros
Fotos de divulgação: JM Conduru Neto
Coordenação de Produção: Vanda Dantas
Sobre direção e atuação
Alberto Silva Neto iniciou no teatro como ator, em 1987. Atuou nos grupos Palha, Experiência e Cuíra do Pará. É Doutor em Artes Cênicas e professor da Escola de Teatro da Universidade Federal do Pará. Foi um dos fundadores da Usina Contemporânea de Teatro. Desde 2004, dirige os espetáculos do grupo.
Claudio Barros começou no teatro em 1976. Teve passagem por importantes grupos de Belém como Experiência e Cena Aberta. Foi um dos fundadores do Grupo Cuíra do Pará. Atua também no cinema, como produtor e preparador de elenco. Hoje integra a equipe de criadores da Usina, atuando em “Solo de Marajó”.
Serviço
Solo de Marajó com Cláudio Barros
De 12/1 a 11/2. Quinta a sábados, 20h.
Local: Auditório (3º andar)
Capacidade: 98 lugares
Ingressos: R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência); R$ 9 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos