Na próxima terça-feira, dia 28 de março, a Galeria André vai abrir a exposição da retrospectiva do artista José Moraes. A mostra marca o centenário do artista que teve participação importante no cenário das artes no século passado e neste. Abaixo, envio o press release, bem como, algumas imagens das obras para ilustrar. Se quiser conversar com o curador, Enock Sacramento ou um porta voz da galeria, por favor, me faça saber. Aproveito para saber se puder comentar algo sobre a sugestão da pauta, seria muito gentil. Obrigada! Bibiana Galeria de Arte André inaugura exposição retrospectiva do artista José Moraes |
Pintor teve importância na consolidação da arte moderna brasileira e foi assistente de Portinari. Galeria apresenta panorama de sua obra Genny estudando_ José Moraes – (São Paulo) – 1984
A Galeria de Arte André abre, no dia 28 de março, terça-feira, a partir das 19h, a exposição José Moraes – 100 anos – Monográficas 5, com curadoria de Enock Sacramento. Com cerca de 100 obras – a maior parte de pinturas – do artista carioca José Moraes, a exposição traz também objetos de valor do artista como algumas peças de seu ateliê (então localizado na rua Capote Valente, em Pinheiros), como cavalete e um ex-voto, além de algumas publicações históricas como os catálogos das exposições feitas na própria Galeria André. Esta exposição retrospectiva aconteceria em 2021, momento da comemoração do centenário do nascimento do artista. Mas a pandemia adiou os planos, agora retomados. “A vida dele é dividida em duas fases, a do Rio de Janeiro e a de São Paulo”, conta Enock Sacramento, curador da exposição. A fase carioca durou cerca de 20 anos e esteve bastante ligada à Escola Nacional de Belas Artes. E a fase paulistana teve início em 1959, quando mudou-se para São Paulo e se estendeu até o fim de sua vida, em 2003. Nascido no bairro do Encantado, no Rio de Janeiro, José Moraes entrou com 17 na Escola Nacional de Belas Artes, onde estudou pintura com Marques Júnior e Quirino Campofiorito. Este o apresentou a Portinari, de quem se tornou amigo e, mais adiante, assistente de estúdio. Com ele, trabalhou em conjunto em importantes obras como o mural do São Francisco, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. “No período em que trabalhou no Rio de Janeiro, Moraes desempenhou significativo papel na consolidação da modernidade brasileira”, afirma o curador. Segundo ele, apesar da realização da Semana de Arte Moderna, em 1922, em São Paulo, houve bastante resistência dos acadêmicos e dos salões oficiais de arte, por eles dominados, aos modernistas tanto na década de 1920 como na seguinte, apesar da realização do Salão Revolucionário, no Rio de Janeiro, em 1931, por Lúcio Costa, derrubado logo em seguida pelos acadêmicos. Na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, o artista liderou importantes manifestações afinadas com o ideário modernista. Foi um dos líderes do Grupo dos Dissidentes, no início dos anos 1940, contra a orientação retrógrada do ensino na referida escola. O Grupo dos Dissidentes, juntamente com os integrantes do Grupo Guignard, que atuou no mesmo período, foram decisivos para a expansão do ‘ideário moderno no Brasil’, conforme relata Enock Sacramento. Moraes participou também da história Exposição de Arte Moderna, realizada em 1944 em Belo Horizonte, a partir do convite do então prefeito da cidade, Juscelino Kubitschek. Algumas obras dessa exposição foram cortadas a estilete, entre as quais uma de Portinari, naquilo que ficou conhecido como “o batismo de sangue da arte moderna brasileira”. A saga desses grupos ficou registrada em outra exposição histórica, desta vez no Rio de Janeiro, na Galeria de Arte BANERJ, curada por Frederico Moraes, em 1986. “Defendo que José Moraes é importante na consolidação da nossa modernidade e isso não está descrito com todas as letras na história da arte brasileira”, enfatiza Enock. E finaliza: “Além disso, foi um desenhista, um pintor e um professor de qualidade. Glauco Rodrigues foi um de seus alunos”. Na Galeria de Arte André houve três exposições dedicadas a ele, em 1983, 1991 e 1994. Sobre José Moraes José Machado de Moraes (Rio de Janeiro, RJ, 1921 – São Paulo, SP, 2003). Pintor, escultor, gravador e ilustrador. Forma-se em pintura em 1941 pela Escola Nacional de Belas Artes – Enba, no Rio de Janeiro. Paralelamente aos estudos universitários, tem aulas de pintura com Quirino Campofiorito (1902-1993). Em 1942, torna-se assistente de Candido Portinari (1903-1962), em Brodosqui, e, em 1945, trabalha com Portinari na execução do painel da capela de São Francisco de Assis, do arquiteto Oscar Niemeyer (1907 – 2012), em Belo Horizonte. No mesmo ano, apresenta sua primeira individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB/RJ, no Rio de Janeiro. É premiado, nos anos 1940, em quatro edições do Salão Nacional de Belas Artes – SNBA. Com o prêmio viagem ao exterior, recebido no 55º Salão Nacional de Belas Artes de 1949, viaja para Itália, onde permanece de 1950 a 1951 estudando pintura mural. De volta ao Rio de Janeiro, dedica-se à execução de mosaicos e afrescos até 1958, quando se muda para São Paulo. Em 1967, torna-se professor na Fundação Armando Álvares Penteado – Faap. Em 1971 aperfeiçoa-se em serigrafia com Michel Caza, em Paris, para onde retorna em outras três ocasiões, com a mesma finalidade. Faz também estágios em litografia com Michel Potier, na École de Beaux-Arts, Paris, e com Eugène Shenker, no Centre de Gravure Contemporaine, Genebra. Suas obras fazem parte do acerto do Museum of Modern Art – MoMA, em Nova York. Sobre o projeto Monográficas O projeto de exposições Monográficas traz artistas de reconhecido valor, mas que, em alguns casos, podem estar com visibilidade menos ostensiva dentro do circuito das artes. O projeto existe desde 2020, e já apresentou exposições dedicadas a artistas como Carlos Scliar, Enrico Bianco, Iracema Arditi e Armando Sendin, com organização de Mario Gioia, crítico de arte e curador independente. Sobre a Galeria de Arte André Fundada em 1959 pelo romeno André Blau, a Galeria de Arte André é uma referência no mercado de arte brasileira. Com mais de 60 anos de atuação, é considerada a maior galeria de arte da América Latina. Atualmente dirigida por Juliana Blau, a casa ajudou a forjar o mercado de arte no Brasil e passou por diversos endereços até se consolidar na Rua Estados Unidos, entre a Avenida Rebouças e a Alameda Gabriel Monteiro da Silva. Conhecida pelo seu acervo de esculturas e obras de artistas como Aldemir Martins, Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Carlos Araujo, Carlos Scliar, Cícero Dias, Clóvis Graciano, Di Cavalcanti, Frans Krajcberg, Guignard, Hector Carybé, Manabu Mabe, Orlando Teruz, Roberto Burle Marx, Sonia Ebling e Tomie Ohtake, entre muitos outros, a casa oferece ao público exposições periódicas e projetos educacionais e culturais. Atualmente a galeria também dispõe de uma loja virtual com obras de arte a preços acessíveis no link www.galeriandre.com.br/loja-virtual. Também mantém um blog com notícias e análises do mundo da arte, em www.galeriandre.com.br/blog. Serviço Abertura da exposição José Moraes – 100 anos – Monográficas 5 Dia 28 de março, terça-feira, a partir das 19h Curadoria Enock Sacramento e Jairo B. Goldenberg Período expositivo: de 28 de março a 29 de abril de 2023 Horário de funcionamento De segunda a sexta, das 9h às 19h Sábados das 10h às 14h Galeria de Arte André Rua Estados Unidos, 2.280 Jardim Paulistano 01427-002 – São Paulo – SP (11) 3081-9697 / 3081-3972 / 3063-0427 |
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