A iniciativa propõe apresentar a pluralidade do funk pela perspectiva feminina, reunindo diversas linguagens artísticas, profissionais da cultura e comunidade. “Essa é uma ação cultural produzida exclusivamente por mulheres para que o olhar feminino seja ampliado dentro das estruturas artísticas do funk. Sua representatividade reflete a essencial importância e o profissionalismo da mulherada no movimento funk, sobretudo as mulheres negras que são invisibilizadas no processo artístico e profissional da cultura. E nós acreditamos que isso só será possível com a união da massa funkeira. Por isso, nosso line up é misto, embora mantenha a mulher como protagonista. É a partir desta união que a FNMF acredita ser possível dialogar com a juventude do funk como um todo, sejam homens, mulheres, cis, trans, pessos nb, a comunidade LGBTQIA+ e quem mais se interessar por conhecer este movimento tão transformador”, comenta Renata Prado, idealizadora, articuladora nacional e porta-voz da Frente Nacional de Mulheres no Funk.
Além de evidenciar a presença feminina, o projeto reúne grandes artistas da cena. Diversas vertentes do gênero estarão presentes: funk consciente, trap funk, mandelão, entre outras.
No dia 29/04, a programação é marcada pela exposição individual “Sobrevivendo no Inferno”, da artista Fernanda Souza, oficina de produção musical com o Dj Pablo RB, responsável por hits como “Bota na Pipokinha”, da MC Pipokinha, exibição do documentário “Mortos em Abril” seguido de bate-papo com os roteiristas e pesquisadores Guilherme Lúcio e Cabra, a Vereadora Elaine Mineiro (representante governamental da mandata coletiva Quilombo Periférico) e Fernanda Garcia (estudante de direito e irmã de Dennys Guilherme, jovem assassinato pela PM no baile da DZ7 em dezembro de 2019) sobre a violência policial e sua relação com a cultura funk, além do desfile de moda, assinado pela marca Shark, intitulado de “Bonde da Tony Country”, idealizado pela crocheteira e estilista Larissa Ramos. Também vai rolar uma batalha de passinho com jurados conceituados no mundo do funk para garantir que a batalha seja de alto nível, valendo uma premiação em dinheiro para dançarines que dominam a cena do funk SP. No dia seguinte, a exposição “Sobrevivendo no Inferno” permanece aberta ao público e o festival recebe shows de MCs como Lalão do TDS, Nego Blue e Cebezinho. Na mesma data, acontecem os icônicos sets das DJs Gabi Nas, Menezes e Negaly. “Grande parte das atrações escolhidas para participar do Festival são moradores da Cidade Tiradentes, bairro do extremo leste de São Paulo, conhecido como o berço do funk paulistano. A curadoria foi construída coletivamente por todas as integrantes da FNMF”, completa Renata.
O Festival é um projeto contemplado pelo 19º Edital de Valorização a Iniciativas Culturais (VAI) da Prefeitura de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.
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1° Festival da Frente Nacional de Mulheres do Funk
29 e 30 de abril, sábado e domingo, a partir das 13h
Entrada gratuita
Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes
R. Inácio Monteiro, 6900 – Jardim São Paulo, São Paulo
Dia 30/04
Dj Gabi Nas: 13h
Dj Menezes: 15h30
Mc Lalão: 17h
Dj Negaly: 17h30
Mc Cebezinho: 19h
Apresentação dos finalistas da “Batalha de Passinho”: 19h45
Mc Nego Blue: 20h