A apresentação relembra o icônico disco Fatal — Gal a Todo Vapor (1971). A cantora, compositora e intérprete Assucena estreou sua carreira solo no ano de 2022 com este projeto. A artista ficou conhecida pelo trabalho desenvolvido durante seis anos com a banda As Baías
Inspirada tanto pela poesia e beleza das canções que compõem o álbum quanto pela postura política que Gal, Jards Macalé e Waly Salomão imprimem em Fatal, Assucena faz uma homenagem a uma das maiores vozes do Brasil com o show Rio e Também Posso Chorar – Um tributo à Gal Costa no dia 30/6, sexta, às 21h, no teatro do Sesc Santo Amaro.
“A obra homenageada emerge de um dos períodos mais sombrios da história brasileira e que ainda se faz contemporânea, pelo teor de autoritarismo e obscurantismo que ainda nos assombra. Esse projeto é sobre a composição de um canto e de um corpo livre de uma mulher trans em tempos de ataque à dignidade humana e à democracia. É uma releitura na qual vou imprimir meus traços e minhas pesquisas sonoras também”, conta a artista.
A apresentação relembra o icônico disco Fatal – Gal a Todo Vapor (1971), com faixas como Mal Secreto e Hotel das Estrelas – de onde foi retirado o verso que nomeia o show, além de trazer outras versões de Luz do Sol, Sua Estupidez e Vapor Barato. Acompanham a cantora os músicos Rafael Acerbi (direção musical, guitarra e violão); Bianca Predieri (bateria e programação) e Beatriz Lima (baixo).
“Quando eu me encontrei com essa obra, eu me reencontrei como cantora e como artista. Meu coração vagabundo finalmente achou morada numa expressão sincera e arrojada de uma de nossas maiores intérpretes. ‘Gal sempre me trata com choques elétricos…‘, como bem disse Tom Zé. Ali, naquele ‘Vapor Barato‘ eu pude aprender a ser visceral e ser delicada; pude ser guitarra e violão sincopado; pude ser a ‘Falsa Baiana’ de Geraldo Pereira, embora seja verdadeiramente uma baianíssima de um sertão que ainda espera ser mar”, celebra Assucena.
A cantora, compositora e intérprete estreou sua carreira solo no ano de 2022 com este projeto. A artista ficou conhecida pelo trabalho desenvolvido durante seis anos com a banda As Baías, trabalho pela qual foi indicada duas vezes ao Grammy Latino (2019 e 2020) e conquistou duas categorias no 29º Prêmio da Música Brasileira.
Ainda em 2022, Assucena lançou os primeiros singles da carreira solo: a canção autoral inédita Parti do Alto e uma releitura-homenagem de Ela, gravada por Elis Regina há 50 anos. Seus primeiros trabalhos desta nova fase têm sido muito bem recebidos pelo público e pela crítica especializada.
Nascida e crescida no sertão da Bahia, a cantora constrói sua identidade artística a partir das influências da música baiana – em especial o Tropicalismo -, assim como das mais variadas vertentes da música popular brasileira. Suas composições e interpretações dialogam com ritmos diversos como o samba, o rock e a música pop contemporânea.
“Quero ter o prazer de homenagear Gal e Fatal, por eu ter feito de mim, uma mulher que medita a respeito de minha época, de meu corpo, de minha voz e que deseja cantar um Brasil com o propósito da memória, da formação da consciência e do reencontro com suas raízes, mas também de sua contemporaneidade”, revela a cantora.
Show
Assucena
Rio E Também Posso Chorar – Um tributo à Gal Costa
Dia 30/6, sexta, às 21h. Teatro. R$30,00 / R$15,00 / R$10,00
https://www.sescsp.org.br/programacao/assucena-canta-gal/
Sesc Santo Amaro
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo (SP)
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.