Após uma edição desafiadora e que confirmou a essência do concurso de transformar a vida dos pequenos negócios familiares incentivando a cozinha raiz e caseira, o Concurso Comida di Buteco chega a sua fase decisiva. A disputa pelo título de melhor buteco do Brasil vai movimentar a segunda quinzena de setembro, entre os dias 16 e 30. Uma comissão de 63 jurados, formada especialmente para essa etapa, percorrerá os butecos que conquistaram as 21 etapas regionais para avaliação do melhor em 2021. O Comida di Buteco completa 21 anos de existência celebrando a culinária de raiz e as histórias de vida e empreendedorismo de seus participantes.
Superação, aliás, foi o requisito básico para todos os estabelecimentos. Depois de sofrerem com as restrições impostas em grande parte destes 18 meses de pandemia, que resultou no fechamento de muitos butecos – a perda foi de 33% em relação aos butecos que iniciariam a edição 2020 – todos tiveram de se reinventar para sobreviver. Foi pensando nisso que o concurso, pela primeira vez, adotou um sistema híbrido, e consumidores também puderam provar os petiscos pelo delivery ou buscando nos butecos. Essa mudança contribuir para garantir o movimento dos butecos e ainda foi mais uma forma de garantir a segurança dos fãs do Comida di Buteco em meio a pandemia.
Apesar das dificuldades, especialmente no começo, o Comida di Buteco festeja o sucesso de mais uma edição e os números confirmam essa avaliação positiva. Em um mês, o concurso movimentou mais de 40 cidades, totalizando 400 mil votos (50% do atingido em 2019), mas se consideradas a perda de butecos, as restrições com número de mesas/capacidade de atendimento e restrições de horário, o resultado é positivo. Além disso, o movimento “Salve os Butecos”, criado para garantir um fluxo de caixa para os butecos, conseguiu gerar mais de dois milhões de reais, em espécie, produtos doados aos butecos e mídia bonificada pelos veículos, que foram fundamentais neste momento para a manutenção dos participantes.
A participação nas redes sociais também teve saldo positivo. As redes sociais geraram, ao longo dos 30 dias, 13 milhões de pessoas atingidas, com mais de 60 milhões de impressões. O site teve nada menos que 2 milhões de page views e média de 4,5 min de permanência. Melhor ainda foi que não registrou nenhum comentário negativo relativo à realização do concurso, apenas interações de apoio e participação positiva, indicando a predisposição do público em ajudar os butecos na sua luta para se manterem abertos e poderem colher resultados durante o concurso.
“São número muitos bons e que, em meio a pandemia, devem ser ainda mais valorizados. Os participantes estão de parabéns pelo profissionalismo e compromisso com o concurso e nosso muito obrigado aos fãs do Comida di Buteco que, mais que a fidelidade ao nosso concurso, foram sensíveis ao objetivo de ajudarem os butecos a continuarem em atividade. Agora, o foco é para a eleição do melhor do país, uma missão difícil para os jurados em razão do alto nível dos finalistas”, destaca Flávia Rocha, organizadora do Comida di Buteco.
Critérios
A escolha do campeão nacional acontece pelo quinto ano consecutivo. Os integrantes da comissão de jurados específica para esta etapa visitarão os estabelecimentos em cada uma das cidades, avaliando as quatro categorias de performance: petisco, atendimento, temperatura da bebida e higiene. A premiação da Fase Nacional acontecerá no dia 6 de outubro, na cidade de São Paulo.
A relação de finalistas e seus petiscos é a seguinte:
- Belém (PA) – Egua Tche – Belém – “Pão da Terra”
- BH (MG) – Café Palhares – Belo Horizonte – “Bochecha de porco ao vinho, vatapá de banana da terra e beterraba”
- Brasília (DF) – Bem Amigos Bar – Brasília – “Bolinho de Salmão”
- Campinas (SP) – Eskina Bar – Campinas – “Escondidinho Maluco Beleza”
- Curitiba (PR) – Armazém do Espetinho – Curitiba – “De Lamber os Dedos”
- Florianópolis (SC) – Centro Social da Cerveja – Florianópolis – “Canoa do Portuga”
- Fortaleza (CE) – O Camocim – Fortaleza – “Melhor do Mundo”
- Goiás (GO) – Bar do Chicão – Goiânia – “Casal Raiz”
- Juiz de Fora (MG) – Reza Forte – Juiz de Fora – “Mineiroca”
- Manaus (AM) – Quiosque Beer (Tetracampeão) – Manaus – ”Raízes de Cabôco”
- Monte Claros (MG) – Thom Bar – Montes Claros – “Rapunzel no sertão das raízes “encantadas”
- Poços de Caldas (MG) – Rota do Petisco – “Poços de Caldas – Uai Sô
- Porto Alegre (RS) – Tuim – Porto Alegre – “Até Gaúcho Come”
- Recife (PE) – Esquina do Malte – Areais – “Minhas Raízes”
- Ribeirão Preto (SP) – Empório Mobiglia – Ribeirão Preto – “Tá na Tábua”
- Rio de Janeiro (RJ) – Boteco do Portuga – Baixada Fluminense – “Roupa Velha”
- Salvador (BA) – Forças Bar – Salvador – “Mix de Raízes”
- São José do Rio Preto (SP) – Bar do Cidinho – S.J. Rio Preto – “Costeleti de batata-doce”
- São Paulo (SP) – Bar do Jão – São Paulo – “Lascas Madeirense da Vó Encarnação”
- Uberlândia (MG) – Camindo d’ Casa – Uberlândia – “Costela Cura Cachaça”
- Vale do Aço (MG) – Bar Galpão – Ipatinga – “É a Rapa de Um e o Fucinho do Outro”