Modernistas, espetáculo escrito e dirigido por Alexandra Golik, estreia dia 26 de março no Teatro Viradalata

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Dando continuidade à pesquisa sobre fatos históricos de nosso país, que iniciou com o espetáculo História do Brasil, em 2019, a Cia Viradalata estreia a peça Modernistas, sobre a Semana de Arte Moderna de 1922, com texto e direção de Alexandra Golik, no dia 26 de março de 2022 na sede da companhia, o Teatro Viradalata. O elenco é composto por Bebel Ribeiro, Diego RoddaJoice Jane TeixeiraMarco Barretho e Rennata Airoldi.

A peça faz parte do projeto “Do Caos a Criação – um projeto artístico de sobrevivência”, contemplado pela 37ª Edição do Fomento ao Teatro da cidade de São Paulo.

Sinopse

Na peça os cinco atores se revezam para dar vida a Anita Malfati, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Mario de Andrade e outros personagens tão importantes para a realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Como um elemento de cena imprescindível, as projeções ajudam a apresentar tais personagens e suas obras, possibilitando ao público uma experiência enriquecedora e transformadora.

O cenário e o figurino são assinados por Paula de Paoli e apresenta as simbólicas escadas do Theatro Municipal. As projeções também compõem o cenário e ajudam a ilustrar fatos históricos e seus personagens, contextualizando o momento histórico com clareza de detalhes. A iluminação criada por Fernando Sagas ambienta a entrada e saída dos artistas, ressaltando suas visões de mundo.

Como forma de democratizar o acesso à arte e a cultura, 20% dos ingressos serão distribuídos para escolas e instituições, além da transmissão on-line do espetáculo, podendo ser acessado gratuitamente de qualquer lugar do Brasil e do mundo.

Sobre o texto e a direção, por Alexandra Golik.

A Semana de 1922 foi um marco histórico, não pelo que realmente representou, mas por aquilo a que se propôs. Mudar. Sim, mudar tudo. Seja preto ou branco, mudar. A maneira de se ver as coisas, as cores, a burguesia. Queriam mudar para não “emburrecerem”, para não “parnasianarem”. Esse era o sentido maior da Semana de 22, que foi feita com uma ruptura total, para uma ruptura real, como deu para se fazer. Mario de Andrade foi o grande mestre, o grande professor, o grande intelectual, o grande artista. Dava-se conta de que era “negro”? Não, acho que não. Estava preocupado em refazer o mundo, refazer todas as coisas, refazer a gramática, a forma de dizer, o modo como dizer as coisas. Por isso apoiava Anita Malfati, que apoiava Oswald de Andrade que apoiava Tarsila do Amaral que apoiava Brecheret que apoiava tantos outros… Foi uma semana de acontecimentos incríveis. Esses acontecimentos geraram outros acontecimentos, de poder, de artimanhas. Muitos políticos e mecenas se envolveram. Artistas como Villa Lobos também. Vamos reunir a todos, para que disso saia um “barulhinho bom”. Mas a questão das mulheres e dos negros não foi considerada como “o momento de se falar”. Não. Foi esquecida. Hoje não poderia ser. Hoje vivemos em tempos em que a Mulher e o Negro “são” as nossas condições. E é isso que esse trabalho foca: o negro, a mulher. Como partir para uma mudança na sociedade, uma ruptura real, sem nos colocarmos em “pé de igualdade”? Sem podermos ver o que foi feito na época, sem ser percebido, como se os efeitos que provocaram não fossem grandes, enormes, indizíveis? Como pudemos ficar “confortáveis” com isso? Como? Onde estávamos que não pudemos ver isso? Falaremos da Semana de 22, sem esquecer aquilo, que por hora, esquecemos. Aquilo que jamais, em nenhuma arte, em nenhum canto desse divino planeta, podemos esquecer.

Ficha técnica: 

Texto e Direção: Alexandra Golik

Elenco: Bebel Ribeiro, Diego Rodda, Joice Jane Teixeira, Marco Barretho e Rennata Airoldi

Concepção de cenário: Paula de Paoli

Design Gráfico e Figurino: Paula de Paoli

Criação de Luz: Fernando Sagas

Trilha Incidental: Diego Rodda

Operador de som e vídeo: Danilo Dias

Operador de luz: Fernando Sagas

Produção: Cia Viradalata

Coordenação Projeto: Michelle Gabriel

Fotos: Natalia Angelieri

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Serviço:

Teatro Viradalata

Rua Apinajés, 1387 – Perdizes

De 26 de março a 08 de maio

Sábados 20h30 e domingos às 19h

Ingressos a venda pelo Sympla: R$ 40 e R$20

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