Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega estreia dia 29 de agosto na Praça do Patriarca, com cinco apresentações gratuitas

Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega, de André Sun

Escrita e dirigida por André Sun, a peça de máscaras balinesas narra a saga de boêmios que armam um plano mirabolante para salvar um amigo preso por ordem de um rei autoritário. Tudo acontece ao som de clássicos e novos hits do brega nacional, cantados ao vivo pelo elenco

A resposta de um grupo de boêmios aos desmandos de um rei autoritário é o mote do espetáculo de rua e máscaras balinesas Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega, que tem concepção, direção e dramaturgia de André Sun. A peça estreia na Praça do Patriarca, em uma minitemporada com cinco apresentações gratuitas nos dias 29 e 31 de agosto, 05, 06 e 08 de setembro, às 16h. Fazem parte do elenco Amanda Schmitz, Ana Pessoa, Marcelo Moraes e Mariana Rhormens, todos integrantes do grupo Desembargadores do Furgão. O projeto foi realizado com apoio do Edital Proac 01/2021, para Produção e Temporada de Espetáculos Inéditos de Teatro.

A montagem foi criada com a estrutura de um canovaccio italiano, uma espécie de roteiro para os espetáculos de máscara da clássica Commedia Dell’Arte. Nessa linguagem, a descrição de cada quadro da narração serve como suporte para a representação, que é desenvolvida a partir do improviso.

A trama se passa em um futuro não tão distante no reino de Déjà Vans y Bregança, que há algum tempo era conhecido como Brasil – mas tornou-se uma terra infértil. Lá, quem manda é um rei autoritário que ordena prender Jonas, um pregador sensível em busca de fiéis para a sua nova religião.

Quando sabem que o amigo foi capturado, os amigos Doutor Bongol, Juana, Panasar, Wijil e DJ Max armam um plano para libertá-lo. Primeiro, eles tentam uma negociação pacífica; depois, partem para uma tentativa violenta; e, em seguida, armam uma nova estratégia. Todos são boêmios que frequentam o Shangri-Lá, uma espécie de boteco, pensão e karaokê, onde clientes e funcionários se confundem. Lá é um dos últimos redutos de sossego nesse país autoritário.

“Apesar das dificuldades cotidianas e da repressão institucional, essas pessoas comuns estabelecem laços de solidariedade e se unem em prol de uma causa, em oposição à lógica individualista que muitas vezes rege os detentores de poder. Assim, o espetáculo põe em foco e homenageia as pessoas que, para resistir às arbitrariedades, burocracias e violências de um sistema disfuncional e desigual, lançam mão de uma série de práticas e gambiarras para sobreviver e ajudar umas às outras. Queremos celebrar a rua, ao promover a fruição coletiva e diversa que só ela possibilita”, revela o diretor André Sun.

Para transportar o espectador a essa realidade distópica, a cenografia da peça, criada por Maria Zuquim, é composta por um carrinho que os atores manipulam em cena, simulando um karaokê e um paredão de som. Os intérpretes se revezam em cena ao dar vida aos vários personagens – tanto os frequentadores do bar quanto às figuras do Governo. Para diferenciar esses dois grupos, o elenco vai trocando as máscaras e adicionando elementos ao figurino, idealizado por Cesar Póvero.

E, segundo o diretor, “a encenação é construída na articulação dos múltiplos universos tratados: as máscaras balinesas e sua alta estilização e intensidade corporal; a violência e crueza das distopias pós-apocalípticas; e o brega enquanto matriz musical, estética e sentimental”.

Sinopse

Shangri-Lá, uma distopia tecnobrega é um espetáculo de rua e de máscaras balinesas, ambientado em um futuro não tão distante e no também não tão distante Reino de Déjà Vans y Bregança. A comédia é centrada nos frequentadores do Shangri-Lá, misto de boteco, pensão e karaokê em que funcionários e clientes se confundem, na cumplicidade típica dos boêmios. O bar é a única válvula de escape para sobreviverem aos desmandos autoritários do Rei, e se em geral o grupo faz de tudo para passar despercebido pelo poder, a prisão arbitrária de um antigo amigo os faz desafiar o sistema vigente, tramando um audacioso plano para resgatar o colega. Tudo acontece ao som de clássicos e novos hits do brega nacional, cantados ao vivo pelo elenco.

Ficha Técnica

Concepção, Direção e Dramaturgia: André Sun

Elenco: Amanda Schmitz, Ana Pessoa, Marcelo Moraes e Mariana Rhormens

Direção de Arte: Antonio Apolinário

Figurino: Cesar Póvero

Costura: Rusmarry Oliveira de Araújo

Cenografia: Maria Zuquim

Assistente de Direção: Artur Mattar

Produção: MoviCena Produções – Karina Cardoso

Apoio: Desembargadores do Furgão

Direção Musical, Trilha Original e Operação de Som: Max Huszar

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Projeto Gráfico: Gabriela Platy Madureira

Projeto realizado com o apoio do ProAc

Agradecimentos: Alex Sun, Aline Olmos, Elvira Gago, Engenho Teatral, Lucas Laureno, Luiz Antonio Farina, Tadeu Amaral, Biblioteca Alceu Amoroso Lima, Oficina Cultural Oswald de Andrade, Teatro Arthur Azevedo e Teatro João Caetano.

Dedicado a Mario Santana.

Serviço

Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega, de André Sun

Apresentações: dias 29 e 31 de agosto, 05, 06 e 08 de setembro, às 16h.
Praça do Patriarca – Praça do Patriarca, snº, Centro

Ingressos: grátis, basta chegar
Classificação: Livre (indicado para pessoas a partir de 10 anos)
Duração: 60 minutos

Instagram: @shangrilabarekaraoke

(Em caso de chuva ou covid-19 no elenco, o espetáculo será cancelado)

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